quarta-feira, 19 de julho de 2017

Lei Única da Robótica: Os humanos devem florescer


Lei Única da Robótica: Os humanos devem florescer
Os robôs assassinos estão passando despercebidos porque, ao contrário dos filmes, eles não nasceram com forma humanoide.[Imagem: Divulgação]
Os seres humanos devem florescer
O autor de ficção científica Isaac Asimov escreveu sobre o controle das máquinas inteligentes que ele vislumbrava para o futuro propondo suas três leis da robótica:

  1. Um robô não pode ferir um ser humano ou, através da inação, permitir que um ser humano venha a ser ferido.
  2. Um robô deve obedecer as ordens que lhe são dadas pelos seres humanos, exceto quando tais ordens entrarem em conflito com a primeira lei.
  3. Um robô deve proteger sua própria existência desde que essa proteção não entre em conflito com a primeira ou a segunda leis.
Agora que a ficção científica está-se tornando realidade, especialistas começam a discutir o assunto e verificar se as três leis ficcionais da robótica seriam adequadas ou suficientes para a robótica real.
Um painel de especialistas reunidos pela Sociedade Real Britânica e pela Academia Britânica sugere que não deve haver três, mas apenas um princípio abrangente para governar as máquinas inteligentes com as quais em breve estaremos convivendo:

  • Os seres humanos devem florescer.
Pessoas em primeiro lugar
De acordo com a professora Ottoline Leyser, o florescimento humano deve ser a chave para a gestão dos sistemas inteligentes artificiais - sejam incorporados na forma de robôs ou sejam invisíveis programas de computador.


"Este foi o termo que realmente encapsulou o que queríamos dizer. A prosperidade das pessoas e das comunidades precisa ser colocada em primeiro lugar, e pensamos que os princípios de Asimov podem ser subsumidos nele," disse ela.


O relatório defende a criação de um novo organismo que assegure que as máquinas inteligentes sirvam as pessoas, em vez de controlá-las. Os especialistas defendem que um sistema de supervisão democrática é essencial para regulamentar o desenvolvimento dos sistemas de autoaprendizagem e, sem ele, esses sistemas têm potencial para causar grandes danos.


O relatório não emite um alerta de que as máquinas estão para escravizar a humanidade - pelo menos não ainda. Mas quando sistemas que aprendem e tomam decisões de forma independente são usados em casa e em uma variedade de serviços comerciais e públicos, há espaço para que muitas coisas ruins aconteçam, diz o relatório.

Tecnologia ética
Para priorizar os interesses dos seres humanos sobre as máquinas, o desenvolvimento dos chamados sistemas de inteligência artificial não pode ser regido exclusivamente por padrões técnicos. Esses sistemas também precisam ser imbuídos de valores éticos e democráticos, de acordo com Antony Walker, outro membro do painel.



"Há muitos benefícios que emergirão dessas tecnologias, mas o público deve ter a confiança de que esses sistemas estão sendo pensados e governados adequadamente," afirmou Walker.


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