Somos apenas uma parte pequena do Planeta, diz estudante exemplo de defesa do meio ambiente
Por Maria Fernanda Maia
Um projeto interdisciplinar entre os cursos de Matemática e Pedagogia da Universidade Federal do Tocantins, no ano de 2007. Esse foi o estopim para que Aline Alves, hoje com 20 anos, se interessasse por questões ambientais.
A menina, que na época tinha apenas nove anos e cursava o Ensino Fundamental no estado do Tocantins, foi uma das selecionadas para participar da iniciativa, composta por encontros semanais sobre os temas “Educação Ambiental e Matemática” e “Educação Ambiental no Trabalho em grupo”.
“Esse projeto abriu minha mente e em todos os trabalhos de escola, eu colocava o tema de Meio Ambiente”, conta.
A abertura foi tamanha que com 14 anos, Aline escreveu o poema “Preservar para não faltar” e com ele ganhou o 2º lugar na FLIT (Feira Literária Internacional Tocantinense).
Moradora de Arraias (TO), ela hoje estuda Turismo Patrimonial e Socioambiental na Universidade Federal do seu estado. Apesar Parque Nacional do Jalapão ser praticamente a sua ‘casa’, o foco de trabalho de Aline é na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
“Quero conhecer o máximo de atrativos da Chapada dos Veadeiros”. Essa é a meta de Aline para 2018 e, para cumpri-la, ela criou uma lista de locais para visitar e, desde janeiro, está indo uma vez por mês à Chapada.
Mas, você pode perguntar: por que a Chapada dos Veadeiros se no Tocantins tem o Jalapão?
“Primeiro, porque a Chapada dos Veadeiros está mais perto de Arraias do que o Jalapão. E, também, porque sinto muita gratidão à Chapada”.
No 1º ano de faculdade, ela conheceu e se interessou imediatamente por Unidades de Conservação (UCs). A partir daí, começou a buscar por Unidades próximas a Arraias e que aceitassem voluntários.
Foi assim que começou sua história de amor pela Chapada dos Veadeiros.
De dezembro de 2016 a fevereiro de 2017, Aline foi voluntária no Parque. Nesse período, ela esteve na Vila de São Jorge, onde trabalhou na recepção aos turistas e na manutenção e monitoramento das trilhas e conheceu “muita gente legal”.
Hoje, Aline trabalha no Museu Histórico Cultural de Arraias e dá assistência à Secretaria de Cultura e Turismo de Arraias. Sua sensibilidade pela natureza aliada à temática da graduação fez com que, desde o primeiro mês de aula da faculdade, ela criasse um grupo para saídas de campo regulares, de contato com a natureza aos arredores de Arraias.
Essas experiências estão registradas em seu perfil no Instagram com o único objetivo de “estimular as pessoas a conhecerem mais o Cerrado tocantinense e apreciar suas belezas naturais, além de trabalhar a preservação desses locais de maneira informal”.
Aline se enxerga como uma agente disseminadora desse conhecimento e quer cada vez sensibilizar mais pessoas à sua volta.
“Quem vive no meio urbano pode usar os espaços públicos e áreas verdes para sentir essa conexão com a natureza. E, sempre que tiver uma oportunidade, fuja para um espaço verde. Pode ser para atividades simples como uma caminhada com amigos, piqueniques, etc”.
Para ela, o importante é estar conectado com o Planeta e isso só é possível se cada um “enxergá-lo como parte de nós mesmos”.
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