sexta-feira, 26 de outubro de 2018

COP 13: avanços na Preservação de Áreas Úmidas Brasileiras

COP 13: avanços na Preservação de Áreas Úmidas Brasileiras


24 Outubro 2018   |   0 Comments

Teve início nesta semana o 13ª Encontro da Conferência das Partes Contratantes na Convenção de Ramsar sobre Áreas Úmidas (COP13). O diálogo segue até 29 de outubro em Dubai, tendo como tema “Áreas Úmidas Urbanas: para um futuro sustentável”.

O Brasil faz parte da COP e enviou representantes do governo para discutirem ações e estratégias para a conservação e proteção das áreas úmidas em seu território. Já no início do evento, o país recebeu uma boa notícia: duas nomeações de Sítio Ramsar. Uma para a Estação Ecológica de Taiamã (Pantanal mato-grossense) e outra para o Rio Juruá (Amazonas). O Sítio Ramsar é um reconhecimento importante e contribuirá para a preservação destas áreas. Uma vez que traz consigo compromissos assumidos pelos governos locais e abre possibilidades de financiamento e cooperação internacional em ações de conservação e de pesquisa. O título coloca estas áreas em posição prioritária no desenvolvimento de políticas governamentais.

Júlio César Sampaio, coordenador do programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil, comemorou a notícia: “Estamos muito felizes. Temos apoiado este processo e contribuímos para que o reconhecimento à Estação Ecológica de Taiamã fosse concedido ainda neste ano, especialmente durante a realização da COP13.” Comenta ainda: “Temos discutido com o governo ações de fortalecimento desses Sítios Ramsar. E a designação destes novos sítios fazem parte das nossas prioridades, especialmente em regiões como o Pantanal.”. 

As áreas úmidas são o lar de 40% das espécies de seres vivos do planeta e fornecem água e comida para o mundo, mais de um bilhão de pessoas dependem delas para sua subsistência. Elas são fundamentais para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, entretanto, nos últimos 45 anos o planeta perdeu 35% destas áreas e desde 2.000 esta taxa vem crescendo.

"As zonas úmidas são nossos sistemas de suporte à vida, no entanto, estão sendo degradadas e destruídas em uma velocidade aterrorizante, e com elas as nossas esperanças para um futuro sustentável", disse Stuart Orr, líder de Práticas de Água Doce do WWF. "A Convenção de Ramsar continua sendo a nossa maior esperança para proteger esses recursos inestimáveis e todos os benefícios que eles trazem para as comunidades, cidades, economias e ecossistemas."* Até o fim desta semana, representantes de países de todo o mundo discutirão e elaborarão de maneira consensual um documento declaratório. Este texto poderá ser integrado ao arcabouço legal dos países que fazem parte da Convenção.
 
Para mais informações sobre a COP 13: https://cop13dubai.ae/

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