Por Daniela Chiaretti | De São Paulo
Há uma mudança em curso no comando dos negociadores climáticos brasileiros.
O embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, que desde 2013 é subsecretário–geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia e chefe dos negociadores brasileiros nas conferências internacionais da ONU, foi nomeado embaixador do Brasil na Áustria.
O posto deve ser ocupado pelo embaixador Everton Vieira Vargas que já foi chefe da divisão de Meio Ambiente de 1998 a 2001.
Vargas é embaixador do Brasil junto à União Europeia, baseado em Bruxelas, desde 2016. Foi embaixador em Buenos Aires e Berlim e serviu em Tóquio e Bonn, e na missão do Brasil junto à ONU, em Nova York.
Em Brasília, foi subsecretário–geral, chefe de gabinete do secretário–geral das Relações Exteriores e diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais.
Sob sua gestão o Brasil poderá sediar a conferência do clima da ONU de 2019, a CoP 25. O Brasil apresentou sua candidatura em 2017 e a decisão agora depende do novo governo. O candidato à Presidência Jair Bolsonaro disse que, se vencer, tirará o Brasil do Acordo de Paris. Um evento desta magnitude e de R$ 400 milhões não pode, contudo, ocorrer em país com governo hostil à temática.
Foi sob o comando do embaixador Marcondes de Carvalho que o Brasil foi um dos protagonistas na construção do Acordo de Paris, em 2015. Ele havia sido embaixador na representação do Brasil junto à FAO e em Caracas. Advogado, entrou na carreira diplomática em 1975. Sua nomeação para a Áustria foi aprovada pelo Congresso em agosto. Gaúcho, como é conhecido no Itamaraty, deve chefiar os negociadores brasileiros na reunião de dezembro, na Polônia.
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