quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Não queremos um assassino de seres indefesos cuidando das nossas florestas!!!

Pessoal, a Aliança Pro Biodiversidade (APB) e o Movimento Todos Contra Caça estão em campanha contra a indicação do ex-deputado federal Valdir Colatto para chefia do SBF e do CAR. No âmbito da RMA, a AMDA também está na campanha (o texto abaixo é de seu site). Algumas petições online já estão correndo para manifestarmos que não aceitamos esta indicação POLÍTICA (e com um péssimo histórico de mal-feitos contra o meio ambiente), a um cargo que tem de ser ocupado por um TÉCNICO.
Assinem o abaixo assinado, no final deste texto (Justificativa) e compartilhem a campanha.
Abraços,
Paulo Pizzi


Autor do projeto que libera caça de animais silvestres é novo chefe do Serviço Florestal Brasileiro (e do CAR)

18 de Janeiro de 2019

Valdir Colatto/ Crédito: Luís Macêdo, Agência Brasil

Por meio de abaixo assinado, a sociedade reage à nomeação de Valdir Colatto

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), responsável pela concessão de florestas públicas e pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), terá como líder o deputado Valdir Colatto, integrante da bancada ruralista do congresso e autor da proposta que pretende legalizar a caça a animais silvestres no Brasil. 

Colatto foi indicado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, após o SFB ser desvinculado do Ministério do Meio Ambiente para integrar a pasta da Agricultura.

No fim de seu sétimo mandato como deputado federal, o político não foi reeleito. 

Mas não foi esquecido. Companheiro constante da ministra, é conhecido pelas críticas ao percentual de terras que devem ser preservadas nas propriedades rurais e por colocar os interesses do agronegócio frente à preservação dos recursos naturais. Em seus discursos ele alega que as atuais regras de conservação ‘oneram’ o produtor rural.


“O agricultor paga essa conta sem que haja nenhum dividendo para a cidade. Quem é que deixa 20%, 35% ou 40% da sua propriedade na área urbana para preservar o meio ambiente? Só a agricultura brasileira faz isso”, declarou em fevereiro do ano passado.

Em novembro de 2017, defendeu aumentar o desmatamento no Cerrado, questionando a viabilidade de preservar, por exemplo, “90 milhões de hectares do Cerrado, que são terras férteis que podem produzir alimentos para o Brasil e para o mundo”.

Valdir ainda é autor do Projeto de Lei 6268/16, que propõe legalizar a caça a animais silvestres no Brasil, afirmando publicamente seu objetivo é proteger a biodiversidade. 

Mas propõe matar animais que forem "considerados nocivos às atividades agropecuárias e correlatas", inclusive em unidades de conservação e diz que caçar é esporte. 

 https://extra.globo.com/noticias/page-not-found/cacador-causa-revolta-por-foto-dando-soco-em-tigre-raro-ferido-23391606.html

Igualmente, é o autor do PDC 427/2016 que susta a vigência da Portaria 444/2014 do MMA - a qual estabelece a Lista Nacional das espécies da fauna terrestre ameaçada de extinção.

Para Dalce Ricas, superintendente da Amda, está ficando difícil dizer qual foi a pior medida do atual governo na área ambiental. 

“As florestas são lar de milhões de espécies animais e vegetais, não estoque de madeira ou terras. Sua gestão é antes de tudo ambiental, e qualquer exploração econômica tem de ser muito bem avaliada. Sua preservação tem a ver com o futuro do planeta e não poderia ser entregue a quem quer destruí-las", salientou.

Para ela a nomeação de Colatto não é um ato solto, mas parte do processo de esvaziar a área ambiental do governo, sob princípio de que meio ambiente atrapalha o desenvolvimento.

Abaixo-assinado

Em repúdio à nomeação de Colatto ao Serviço Florestal Brasileiro, uma petição online foi criada e em menos de dois dias já conta com mais de seis mil assinaturas. Para aderir, clique aqui. 


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