Geração Greta volta a se manifestar pelo clima
Movimento Fridays For Future promove série de protestos pelo mundo. No Brasil, jovens protestam contra o governo e pedem a saída de Ricardo Salles
O Fridays For Future, movimento iniciado pela menina ativista sueca Greta Thunberg, fará uma série de manifestações pelo clima, hoje. Estão programadas ações no mundo inteiro. As “marchas” do dia 25 de setembro, como a organização está chamando o evento, serão as primeiras fora do ambiente digital, desde o início da pandemia.
No Brasil, a chamada para o protesto inclui os pedidos de “fora Bolsonaro”, contra o presidente Jair Bolsonaro, e “fora Salles”, pedindo a saída do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
A demanda dos jovens é praticamente a mesma da época em que Greta iniciou sua greve pelo clima: cobrar os políticos sobre medidas concretas para conter o aquecimento global e as mudanças climáticas. “A pandemia mostrou que os políticos têm o poder de agir rapidamente com a melhor ciência disponível”, afirma Eric Damien, jovem ativista do Quênia, em nota enviada à imprensa sobre os protestos.
Em agosto, Greta voltou à escola após um ano sabático. Nos últimos dois anos, a menina de 17 anos emergiu como a voz de uma geração que está preocupada com o planeta. A sua “folga”, na realidade, foi cheia de trabalho. Nos últimos 12 meses, Greta discursou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na COP25, em Madri, e continuou cobrando impiedosamente os políticos do momento. Em encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, ela pediu que Merkel saísse de sua “zona de conforto” e acelerasse a ação para combater a emergência climática.
Uma semana depois de voltar à escola, a menina ativista voltou a liderar um protesto pela proteção ao meio ambiente, com foco na Amazônia. Em uma ação online, ela alertou sobre a importância de proteger a maior floresta tropical do mundo. “Essa crise é global. Pois, o que acontece na Amazônia não fica na Amazônia e a gente precisa agir agora”, afirmou Greta. “Dependemos das pessoas colocando as vidas em risco para salvar a Amazônia, para protegê-la. E dependemos dos povos indígenas.”
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