Política de Consumo: Governo Sustentável, artigo de José Austerliano Rodrigues
[EcoDebate] Os órgãos governamentais têm mais poder para investigar e proibir produtos potencialmente perigosos. As normas de segurança e saúde para as áreas de alimentos, automóveis, vestuários, aparelhos elétricos e construção também estão mais restritivas (KOTLER, KELLER, 2018).
Contudo, produtos novos devem atender a requisitos de segurança do consumidor, a preocupações ambientais e sociais e a severas restrições de produção (KOTLER; KELLER, 2018; RODRIGUES, 2020).
Desta forma, os governos têm papel direto na eliminação e na prevenção da poluição criada por produtos e serviços. Assim sendo, os governos estadual e municipal desenvolvem políticas ambientais, leis e regulamentações que impactam direta ou indiretamente nos produtos e serviços dos fornecedores e fabricantes de produtos finais (OTTMAN, 2012; RODRIGUES, 2020).
O governo tem o poder de subsidiar, cobrar impostos, regular ou influenciar os processos da indústria e o design do produto com base em sua sustentabilidade ou custo externo ao meio ambiente.
Mas nem todos os oficiais de governo têm conhecimento dos negócios, muito menos dos aspectos técnicos do design e da distribuição do produto, e isso pode resultar em política mal orientadas que podem, desnecessariamente, prejudicar a indústria (OTTMAN, 2012; RODRIGUES, 2020).
Desta maneira, atuar com os reguladores, e não contra eles, pode ajudar as corporações a se prepararem e reduzirem os riscos associados com os desafios jurídicos, como proibições de produtos químicos visados ou leis que possam trazer custos adicionais a um processo já caro. Atuando com os representantes do governo, a indústria pode fazer parte do diálogo para garantir que as novas regulamentações sejam bem informadas e que as novas regras seja equilibradas (OTTMAN, 2012).
Para Ottman (2012), o governo também tem habilidade de alocar apoio financeiro para projetos e negócios que possam estimular a economia; ultimamente, incentivo financeiro é dada em grande medida aos negócios sustentáveis e às tecnologias verdes. Então, é conveniente que os profissionais de marketing sustentável procurem fundos disponíveis (OTTMAN, 2012; RODRIGUES, 2020).
Assim sendo, desde o início dos anos 1990, os governos federal, estadual e municipal descobriram que atuar com a indústria pode trazer melhores benefícios do que exercer o tradicional “comando e controle” (OTTMAN, 2012).
José Austerliano Rodrigues. Especialista Sênior em Sustentabilidade de Marketing e Doutor em Marketing Sustentável pela UFRJ, com ênfase em Sustentabilidade e Marketing, com interesse em pesquisa em Marketing Sustentável, Sustentabilidade de Marketing, Responsabilidade Social e Comportamento do Consumidor. E-mail: austerlianorodrigues@bol.com.br.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 22/12/2020
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