sábado, 18 de janeiro de 2014

É essa água que vamos beber?


No final do ano passado a  Companhia de Saneamento Básico do DF (Caesb) recebeu licença prévia para captar água bruta do Lago Paranoá. 

A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF de quinta-feira (5/12). Estão previstos investimentos de R$ 460 milhões. 

Essa licença foi necessária uma vez que o Governo-- com a irresponsabilidade que lhe é peculiar-- vem, de um lado,  inexoravelmente,  aterrando os nossos mananciais e destruindo as nossas nascentes de agua. De outro lado, continua estimulando as invasões e promovendo o inchaço e a favelização do Distrito Federal.

Ao que tudo indica logo ficaremos sem agua!

Sobretudo porque, aparentemente, nem do Lago Paranoá-- uma das ultimas reservas disponíveis de agua--  o GDF consegue cuidar!


Mancha de óleo surge na manhã de sexta no Lago Paranoá, em Brasília

Nódoa de 100 metros apareceu perto do Clube dos Fuzileiros Navais.
Bombeiros instalaram contenções, mas poluente ultrapassou limite.



G1 DF

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Mancha de óleo que atingiu o Lago Paranoá, em Brasília, na manhã desta sexta (Foto: Reprodução/TV Globo)Mancha de óleo que atingiu o Lago Paranoá, em Brasília, na manhã desta sexta (Foto: Reprodução/TV Globo)
Uma mancha de óleo surgiu no fim da manhã desta sexta-feira (17), no Lago Paranoá, em Brasília. A nódoa foi vista nas proximidades do Clube dos Fuzileiros Navais. Inicialmente, os bombeiros informaram que o vazamento havia atingido também a região perto do Iate Clube.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a mancha ocupava uma área de aproximadamente 100 metros. A corporação disse que aparentemente se trata de óleo diesel. Um acidente com um caminhão na 102 Sul também pode ter ocasionado o vazamento. O poluente chegou ao lago por uma tubulação de águas pluviais.
Os bombeiros chegaram a instalar mantas de contenção para impedir que a mancha se alastrasse para o centro do lago, mas a nódoa ultrapassou o limite. A corporação informou no começo da tarde que ainda não era possível determinar a origem do óleo.
A Defesa Civil e a Polícia Militar foram chamados para avaliar a situação. O Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros informou que o vazamento foi contido por volta das 14h. Homens do batalhão se deslocaram para galerias vizinhas para saber se o óleo atingiu outros pontos do lago, o que foi descartado em um primeiro momento.
Segundo os bombeiros, a chuva pode fazer com que novos vazamentos ocorram caso ainda haja restos de óleo na galeria.

Novas manchas
Em outubro último, uma mancha de mais de três quilômetros surgiu no lago, numa área próxima ao Clube dos Fuzileiros Navais e o Iate Clube, também no Setor de Clubes Norte, avançando depois para áreas mais distantes da margem.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, o óleo surgiu em uma caldeira do Hran. Por isso, a Secretaria de Saúde do DF foi multada em R$ 280 mil. A caldeira é utilizada para aquecer a água que esteriliza materiais utilizados na unidade de saúde. Segundo Brandão, o equipamento apresentou um superaquecimento que fez com que óleo de combustível escorresse para as galerias de águas pluviais.

Em 2012, um vazamento de óleo da mesma caldeira também atingiu o lago. Na época, a secretaria foi multada em R$ 63 mil. O processo corre até hoje na Justiça e o valor não foi pago ainda. Brandão informou que em casos como este o próprio GDF pode apresentar recursos durante a análise do caso.

 
  
Moradores do Lago Norte reclamam de água suja que vem da torneira 

Líquido alaranjado sai frequentemente das torneiras de casas do Setor de Mansões do Lago Norte, segundo moradores. Roupas brancas ficam manchadas e até uma máquina de lavar quebrou, em razão da terra acumulada no fundo


Clara Campoli


Correio Braziliense-Publicação: 18/01/2014 07:22 Atualização: 18/01/2014 08:29
 

Moradores do Setor de Mansões do Lago Norte convivem, diariamente, com a expectativa de acordar e se deparar com água suja saindo de torneiras e chuveiros. O líquido alaranjado impossibilita a lavagem de roupas e transforma ações simples, como tomar banho e escovar os dentes, em decisões difíceis. Segundo as pessoas atingidas, o problema acontece há três anos. Antes, ocorria esporadicamente, quando um reparo era necessário na rede elétrica. Desde junho de 2013, no entanto, tornou-se constante: a cada duas ou três semanas, a água contaminada volta.

Durante a tarde de ontem, a empresária Laísa Freire, 51 anos, recebeu em casa a visita de técnicos da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Depois de duas semanas com a água limpa, o líquido sujo voltou a aparecer nas torneiras. “Eles vêm, dão várias descargas na rede, e é aí que fica tudo sujo mesmo, bem pior. Depois de alguns dias, fica limpo. Passam-se três semanas e volta a acontecer. É um círculo vicioso, todo mês se repete. Enquanto isso, tenho que pagar para limpar a caixa d’água de novo”, lamenta.

O banho, por exemplo, é uma questão sensível. Quando não tem coragem de enfrentar a água do chuveiro, Laísa vai até a casa da mãe, no Lago Sul, para a higiene diária. “Em dias com a água mais limpa, eu tomo banho normalmente e guardo um pouco de água do filtro para lavar o cabelo. É como se estivesse tomando banho de cuia”, compara a empresária. O problema já causou prejuízo: a máquina de lavar da casa quebrou duas vezes por causa da quantidade de terra e areia acumuladas no fundo do eletrodoméstico.


Caesb recebe licença prévia para captar água do Paranoá e abastecer cidades 


Segundo o presidente da Caesb, Célio Biavati Filho, o Sistema Paranoá será importante para completar o abastecimento de cidades da região leste do Distrito Federal

Correio Braziliense-Publicação: 05/12/2013 15:52 Atualização: 05/12/2013 15:40

De acordo com a Companhia, a transformação do Lago Paranoá em manancial irá auxiliar na  preservação, não interferindo no nível de água e mantendo os usos múltiplos (Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press)
De acordo com a Companhia, a transformação do Lago Paranoá em manancial irá auxiliar na preservação, não interferindo no nível de água e mantendo os usos múltiplos
A Companhia de Saneamento Básico do DF (Caesb) recebeu licença prévia para captar água bruta do Lago Paranoá. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF desta quinta-feira (5/12). Estão previstos investimentos de R$ 460 milhões.

A decisão permite que a Caesb contrate financiamentos junto a órgãos do governo federal para iniciar as obras de captação de água no local. A companhia espera obter a licença de instalação em cerca de 120 dias.

Segundo o presidente da Caesb, Célio Biavati Filho, o Sistema Paranoá será importante para completar o abastecimento de cidades da região leste do Distrito Federal, atendendo aos novos núcleos habitacionais em processo de consolidação em São Sebastião, Paranoá e Sobradinho I e II. “Vai permitir ainda a geração de excedentes para aumentar a disponibilidade hídrica em Planaltina, Brasília e Lago Norte”, acrescenta Biavati.

O Sistema Paranoá terá capacidade para produzir até 2,1 metros cúbicos de água tratada por segundo na 1ª etapa - essa capacidade será elevada para 2,8 metros cúbicos por segundo na 2ª etapa de implantação. De acordo com a companhia, a transformação do Lago Paranoá em manancial irá auxiliar na preservação, não interferindo no nível de água e mantendo os usos múltiplos.

Segundo a Caesb, o menor desnível geométrico, gerando consumo mais baixo de energia, menor investimento no custo de implantação e operação, comprovada qualidade da água e proximidade da captação com os centros de consumo são outros benefícios do sistema.


A utilização de um lago urbano como o Paranoá exigirá cuidados especiais da Caesb no tratamento da água. O processo a ser adotado está preparado para garantir a qualidade da água distribuída em nível igual ou superior ao já produzido pelas outras unidades de tratamento da Companhia, incluindo a remoção de eventuais microcontaminantes.

As análises da água do Paranoá até agora, inclusive aquelas realizadas em parceria com a Universidade de de Brasília (UnB) e universidades alemãs, indicam que a concentração de microcontaminantes é muito baixa.

A Caesb informou que a implantação do Sistema Paranoá vai ser crucial para a consolidação das comunidades em processo de regularização tanto na região de Sobradinho II, como também do Jardim Botânico e Setor Habitacional Tororó. Também é fundamental para a viabilização dos grandes empreendimentos habitacionais do "Programa Morar Bem" do Governo do Distrito Federal.

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