segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O moralismo autoritário dos movimentos de minorias politicamente corretas



Cacildis! Assim tá impossivis brincar!
Cacildis! Assim tá impossivis brincar!


É assustador! A cada dia temos novas evidências de que a ditadura do politicamente correto não é mais velada, e sim escancarada mesmo. Essa gente sem um pingo de humor, mal resolvida, incapaz de rir de si mesma, de achar graça nas coisas, torna o mundo um lugar mais chato, cinzento, regrado, com sua patrulha incessante.

A última foi um cursinho em São Paulo em que os professores tiveram que parar com as piadas “machistas” e “homofóbicas”. Coisa de mulherzinha mesmo! Ou de rapazinho delicado, o leitor escolhe. Vejam que bizarro:

“O movimento feminista mais importante na história é o movimento dos quadris.” Piadas típicas de cursinho pré-vestibular como essa correm risco de extinção.

As direções de instituições preparatórias frequentadas pela classe média alta paulistana têm orientado professores a suspender comentários jocosos para evitar processos.

Alunos e especialmente alunas têm reclamado do que consideram machismo, homofobia e racismo aos pais, que cobram explicações.

“Virei chato. Não faço mais brincadeiras. Minhas aulas estão terminando mais cedo. Passo exercícios a mais”, diz um professor do Intergraus que não quis ser identificado.

Um professor do Anglo diz que é brincadeira entre os meninos chamar os professores de “bicha” e “veado”. No início de 2014, ele passou de sala em sala para informar: “Se eu for conivente, como sempre fui, estarei permitindo que vocês usem a palavra gay com sentido pejorativo. E não tem. Não permito mais”.

Para ele, o tema é tabu. “Entre 80 pessoas entenderem que é brincadeira e 20 acharem que você está incentivando alguma coisa, é melhor não fazer piada. O incrível é que, dez anos atrás, você podia contar piada de preto, de português. Ao mesmo tempo, era inimaginável ter dois meninos se beijando no cursinho como temos agora.”

“As piadas têm que ser adaptadas a seu tempo”, diz um deles. E isso, em português claro, significa acabar com as piadas em nossos tempos modernos e intolerantes. É que os “tolerantes” chegaram ao poder e não toleram absolutamente nada fora de suas cartilhas politicamente corretas. São uma minoria, mas muito estridente e organizada.

Fazer passeata nu, orgia em praça pública ou enfiar uma cruz no ânus, isso tudo não só pode como é visto como luta pela liberdade. Mas fazer uma piada inocente de loira, de bichinha, de negro, de português? Pecado! Vai em cana daqui a pouco, se continuar assim.

Alguns desses mais “tolerantes” adorariam fuzilar num paredão como o cubano qualquer um que ousasse fazer uma piadinha singela com conotação machista. Que mundo mais chato! Que gente obtusa, recalcada, perturbada. Por que não buscam em um divã um tratamento, em vez de tentar transformar a vida de todos os outros num inferno maçante?

E que não venham me xingar ou me agredir, pois esses parvos que falam em nome das minorias não têm estatura para isso. Eu, com meus incríveis 1,70 metro de altura, intimido qualquer Anderson Silva da vida…

Rodrigo Constantino

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