Mário Magalhães
A principal diferença foi a maneira com que petistas e tucanos parecem encarar o custo-benefício da imagem de seus ex-presidentes.
Os primeiros recorreram a Luiz Inácio Lula da Silva para pedir voto para a correligionária e se manifestar sobre a morte de Eduardo Campos.
Os segundos ignoraram Fernando Henrique Cardoso, como vai se transformando em tradição nas campanhas do partido.
Os marqueteiros ensinam que a comunicação de campanha deve tratar do futuro, e não do passado. Essa percepção não elimina o peso do que foi no que será. Noutras palavras, como a passagem de cada agremiação pelo Planalto pode indicar o porvir.
Na TV, cada um vende seu peixe da melhor forma, submisso à Lei de Ricupero: o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde. A decisão de mostrar um ex-presidente e esconder o outro é pragmática: as pesquisas de uma campanha sugerem que Lula rende voto e que FHC tira.
Se não for isso, Fernando Henrique começará a aparecer nos programas de Aécio.
O traço comum na maioria das inserções desta terça-feira foi a reverência à memória de Eduardo Campos. No programa do PSB, Marina Silva apareceu ao lado do companheiro, mas não falou.
Não tem relevância política, mas registro que José Maria Eymael (PSDC) não colocou para tocar seu velho jingle. Revolução eleitoral.
Pastor Everaldo (PSC) é craque ao dar seu recado sozinho, sem interlocutor. No “Jornal Nacional'' de ontem, contudo, a confiança do horário dito gratuito se desmanchou diante das perguntas dos entrevistadores.
À tarde e à noite, o PCB escalou o dirigente Ivan Pinheiro para discursar. O candidato Mauro Iasi não falou.
Está só começando.
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