domingo, 14 de setembro de 2014

Adversários repercutem saída de Arruda


Agnelo evita comentários. Rollemberg e Toninho não creem em mudanças e Pitiman comemora
Suzano Almeida
suzano.almeida@jornaldebrasilia.com.br

Após a renúncia de José Roberto Arruda (PR), os candidatos ao Buriti, que durante toda a campanha eleitoral o chamaram de “ficha suja”, se dividiram ao opinar sobre a desistência do ex-governador, que será substituído por Jofran Frejat (PR) na corrida eleitoral. 
Com isso, o objetivo dos adversários de Arruda é não transformá-lo em vítima de perseguição e assim evitar uma possível transferência de votos para Frejat.
Único a comemorar a saída do adversário abertamente, Luiz Pitiman (PSDB) acredita que começa agora uma nova eleição. “Eu era do mesmo campo político que o Arruda e, como ele estava com a totalidade dos votos desse eleitorado, eu não tinha perspectiva de crescimento. Agora eu tenho chances reais de vencer, pois devo crescer mais que os meus adversários”, declarou Pitiman, que não acredita na transferência de votos de Arruda para Frejat.
Otimismo
Visivelmente incomodado em falar sobre o assunto, o governador Agnelo Queiroz (PT) preferiu se furtar a novos ataques. “Eu não tenho nada a ver com isso. Da minha parte não muda nada, vou continuar minha campanha mostrando o que fiz. Acho que a lei foi aplicada. A pessoa deve à Justiça e a Justiça tomou as medidas que tinha que tomar”, resumiu o governador.
Rodrigo Rollemberg (PSB) também disse que nada mudará na sua campanha e que Frejat entra para disputar com Agnelo quem irá para o segundo turno com o pessebista. “A saída de Arruda não muda nada, pois o nosso crescimento nas pesquisas é natural, tanto que num segundo turno eu já estava à frente dele. Agnelo e Arruda brigavam para ver quem iria comigo para o segundo turno, agora acontecerá o mesmo com o Frejat”, afirmou.
Já Toninho do PSOL afirmou que a lei foi cumprida. “Eu não comemoro a renúncia do Arruda, porque desde o início dissemos que ele não poderia ser candidato. O Arruda foi longe demais, pois tínhamos convicção que ele não deveria concorrer às eleições por ser ficha suja”, declarou.
Campanha nas ruas
A campanha de Agnelo Queiroz (PT) foi ontem ao setor Sol Nascente, em Ceilândia, onde conversou com moradores. Depois, reuniu-se com movimentos sociais, na Câmara Legislativa, e participou de carreata no Eixo Monumental, que reuniu cerca de mil veículos, segundo os organizadores.
O governador prometeu no Sol Nascente que, caso reeleito, irá fazer obras de infraestrutura na região, que não possui serviços básicos, como esgoto e asfalto.
À tarde, o candidato participou de uma roda de conversas com representantes de movimentos sociais, onde apresentou políticas desenvolvidas durante a atual gestão e foi cobrado em outras, como mobilidade urbana e disponibilidade de banda larga gratuita.
Agnelo afirmou que para reduzir o número de carros na área central de Brasília é necessário, antes, melhorar o transporte público. Ele defendeu ainda que construirá estacionamentos subterrâneos, mas que os motoristas terão que pagar por eles.
Rodrigo Rollemberg (PSB) reuniu-se com militares do Corpo de Bombeiros e da Polícia e se comprometeu, caso eleito, a valorizar as categorias.
No Recanto das Emas o senador caminhou com militantes e conversou com moradores sobre suas propostas de governo.
A agenda foi encerrada em reunião com artistas, onde ouviu e apresentou propostas para o desenvolvimento da cultura no Distrito Federal.
Toninho do PSOL andou e conversou com eleitores nas cidades de Ceilândia, Gama,  Santa Maria e Vicente Pires. Nesta última, o socialista reuniu-se com artesãos, onde falou sobre o apoio ao segmento.
Luiz Pitiman (PSDB) participou de “adesivaços” pela campanha do presidenciável Aécio Neves nas feiras dos Importados do SIA e da Torre de Televisão.
À noite o tucano foi a São Sebastião, onde se reuniu com lideranças comunitárias para debater sobre problemas como segurança e transporte público da região.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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