Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Ainda
preocupada com o risco de perder a reeleição, Dilma Rousseff começou a
demonstrar ontem qual será sua faceta bolivariana se um próximo mandato lhe for
concedido pelo eleitorado idiota ou pela fraude eletrônica. Acuada pela delação
premiada de seu companheiro de Petrobras Paulo Roberto Costa, Dilma resolveu
alvejar a mídia com sua tese autoritária. Segundo a Presidenta-candidata, o
papel da imprensa não é investigar, mas apenas divulgar informações (de
preferência que não sejam contrárias ao governo – burrice que ela certamente
pensou, mas não ousou falar).
As
emissoras de televisão, como de costume, não deram destaque à barbaridade dita
por Dilma, em entrevista coletiva que a candidata ou presidenta convocou no
Palácio da Alvorada. Dilma ficou PT da vida com o Procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot, por ter lhe negado acesso ao depoimento de Paulo
Roberto Costa. Indignada, advertiu que pedirá, novamente, acesso aos documentos,
agora apelando ao ministro Teori Zavascki, relator no Supremo Tribunal Federal
do processo da Operação Lava Jato, que tira o sono de 13 em cada 10 petistas:
“Pedirei
ao ministro Teori a mesma coisa: quero ser informada se no governo tem alguém
envolvido. Não tenho porque dizer que tem alguém envolvido, porque não
reconheço na revista Veja e nem em nenhum órgão de imprensa o status que tem a
PF, o MP e o Supremo. Não é função da imprensa fazer investigação e sim
divulgar informações. Agora, ninguém diz que a informação é correta. Não
prejulgo, mas também não faço outra coisa: não comprometo prova. Porque o
câncer que tem nos processos de corrupção é que a gente investiga, investiga,
investiga e ainda continua impune”.
Dilma
perdeu a paciência: “Não é possível que a revista Veja saiba de uma coisa, e o
governo não saiba quem é que está envolvido. Pedi primeiro para a PF, que me
disse: não posso entregar, a investigação está em curso e peça ao MP. E o MP me
disse a mesma coisa: se ele me disser, ele contamina a prova. Quando sai uma
denúncia na Veja ou em qualquer outro jornal, eu não tomo medida, porque sou
presidente da República, baseada no disse me disse. Tomo medida baseada inclusive
naquilo que sou a favor, que é da investigação absoluta.
Dilma
demonstrou profunda irritação, em seu costumeiro tom autoritário: “Vamos deixar
uma coisa clara aqui: Quem é que descobre as práticas de corrupção no Brasil? A
PF. Porque a PF tem hoje uma autonomia integral para investigar quem quer que
seja. Sempre que vazam informações que estão em investigação, sabe o que
acontece? Compromete-se a prova. O MP denuncia e não pode ser condenado, porque
a prova foi comprometida. Não é possível que alguém queira que a fonte de
investigação no Brasil não sejam os órgãos oficiais. E são PF, MP e Judiciário”.
Ainda à beira de um faniquito, Dilma indagou a respondeu para si mesma, dirigindo-se, agressivamente, aos repórteres que a entrevistavam: “O que queria saber? Queria saber sim, para eu tomar providências. O que eles me dizem? Se entregar a prova para você, estarei comprometendo a investigação. Acho que nessa investigação, ela está sendo diferente. A própria revista Veja diz que o inquérito, os depoimentos, a delação estão criptografados e guardados num cofre. Isso significa que nenhuma das falas é garantida. Ninguém sabe o que é”.
Além
de atacar o direito de a livre imprensa investigar (ou divulgar o que foi
investigado oficialmente), Dilma lançou uma nova tese sobre a razão da
impunidade no Brasil: “O pai no sentido de protetor, o compadre do crime de
corrupção, do crime de lavagem de dinheiro, do crime financeiro é um só: a
impunidade. Pode saber que criar condições para (combater?) impunidade, é uma
coisa que o país tem de avançar. Antes, tinha o engavetador-geral da república.
Hoje, tem um procurador-geral da República que investiga e tem autonomia”.
Dilma
perdeu a linha, novamente, na rampa interna do Palácio da Alvorada, quando um
repórter lhe indagou sobre os R$ 1,5 milhão que Paulo Roberto Costa teria
recebido de propina para facilitar o processo de compra da refinaria Pasadena,
no Texas, negócio do qual Dilma tenta tirar o dela da reta, embora fosse
presidente do conselho de administração da Petrobras que aprovou o negócio que
gerou um prejuízo de US$ 792 milhões (conforme dados do Tribunal de Contas da
União). Dilma vociferou:
“Se
você me disser para quem ele disse, quem disse e como é que disse, eu respondo.
Recebo informações de juiz, de procurador e de delegado da PF. Sou a favor de
investigar, nada colocar para debaixo do tapete. Acho que o maior mal atual é a
impunidade. Se investiga, descobre o mal feito e não condena, cria a sensação
de que não teve pena nenhuma. Sabe por que protege com a impunidade? Porque
você não prende, não pune e só tem um jeito: tem que punir. Por isso é que se
diz: tolerância zero”.
Governo
do PT com tolerância zero com a corrupção tem tudo para se transformar na piada
do século...
Lições de Mestres
Dilma
deveria aprender um pouco mais sobre o verdadeiro papel do Jornalismo.
Então,
sugerimos à Presidenta que tome como referência os ensinamentos do veterano
professor-doutor e jornalista Nilson Lage, em postagem no Facebook de 23 de
setembro de 2014:
“Vocês querem saber o que é jornalismo? É
isso aí. Coisa decente, séria, que não se conforma em ecoar o senso comum, mas
parte daquilo que as pessoas acreditam por ouvir dizer para buscar a verdade
nos fatos. Bom jornalista não é o que crê, é o que desconfia. Esses sujeitos
que dão palpites de rebanho na mídia impressa, no rádio e na TV pertencem a
três categorias: os fanáticos (que são poucos), os idiotas e os picaretas”.
Vale também a lição de Carlos Alberto Di
Franco, em O Globo de 1º de setembro:
“A fortaleza do jornal não é só dar
notícia, é se adiantar e investir em análise, interpretação e se valer de sua
credibilidade”.
Abandono de incapaz
Vai processar a Dilma?
Será que Geraldo Brindeiro, Procurador-geral
da República no governo FHC, gostou de ser chamado de “engavetador-geral da
república” por Dilma Rousseff?
De 626 inquéritos criminais que recebeu,
Brindeiro engavetou 242, arquivou outros 217 e só aceitou 60 denúncias.
As acusações recaíam sobre 194 deputados,
33 senadores, 11 ministros e quatro contra o próprio presidente Fernando Henrique
Cardoso...
Duro é que o pobre do Brindeiro, agora
aposentado, nem poderá brindar a Dilma com algum processo por chamá-lo de “engavetador-geral”...
Sem comentários
Dilma também não quis falar da nova pesquisa que a colocou em vantagem na sucessão de si mesma.
Mas aproveitou para dar uma estocadinha no mercado financeiro, criticando, com grossa ironia, o sobe e desce na Bolsa de Valores:
”Acho ótima a reação da Bolsa. Quando a Bolsa cai, eu falo: será que eu subi? Tá ficando ridículo isso. Especulação tem limite! E acho que tem gente ganhando com isso. Eu não sou, eu perco, tá? Acho desagradável o fato de acharem que uma coisa está vinculada à outra. Quando sobe, ou quando desce. Não comentei e não comento pesquisa nem quando sobe e nem quando desce. Nunca comentei na vida”.
Rolo na Invepar
Os petistas que dominam os fundos Previ,
Petros e Funcef fazem pressão para derrubar Gustavo Rocha da presidência da
Invepar – empresa de concessões que mantêm em sociedade com a empreiteira
baiana OAS, de Cesar Mata Pires, famoso genro do falecido ACM, acusado de ditar
as regras na empresa.
Os detratores reclamam que a dívida líquida
da Invepar saltou 121% em 12 meses, subindo de R$ 2,4 bilhões para R$ 5,5
bilhões.
Concessionária do Aeroporto de Guarulhos
(SP), a Invepar tomou fumo nas licitações para a BR-163 e o Aeroporto do Galeão
– o que capitalizaria a empresa.
Líderes gráficos
Foi instituído
ontem o Grupo de Líderes da Indústria Gráfica no Brasil.
Noventa pessoas,
representantes de companhias nacionais e multinacionais das áreas de
máquinas e equipamentos, tinta, papel, livros e todos os insumos,
participaram do lançamento na sede da Associação Brasileira da Indústria
Gráfica (Abigraf), em São Paulo.
A intenção do grupo
é ampliar a competitividade do parque impressor nacional no âmbito de
um mercado mundial estimado, no ano de 2017, em US$ 668 bilhões - sendo
US$ 20 bilhões no Brasil.
Poder militar
Militares recomendam a assistida na entrevista
de Ives Gandra com o General de Exército João Camilo Pires de Campos,
comandante militar do Sudeste, transmitida em 22 junho de 2014, na Rede Vida,
da Igreja Católica.
Marchando
Convite
para manifestação dia 27, em frente ao Palácio Duque de Caxias.
Selfie
do Produtor Rural
Desabafo
de um agricultor que não encontra empregados para trabalho na lavoura, graças
às bolsas vagabundagem que elegem o PT
Poder
Judiciário na atualidade
O
programa Direito e Justiça em Foco, na Rede Gospel, recebe no domingo, às 22
horas, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José
Renato Nalini.
O
relógio marca...
O
Comitê de Ética da Fifa ordenou que 28 membros de seu comitê executivo devolvam
o luxuoso relógio da marca Parmigiani que ganharam da CBF na véspera da Copa do
Mundo no Brasil.
Cada
reloginho - avaliado na bagatela de US$ 26,6 mil – foi dado a 65 cartolas do
futebol.
A
decisão não afeta os 750 participantes do Congresso da Fifa, também no Brasil,
em junho, que ganharam de presente da Fifa um relógio mais baratinho: um
Longines de US$ 191...
Pergunte
ao IBGE...
Será
que os técnicos do IBGE conseguem saber quantos fios de cabelos foram
implantados na cabeleira de Renan Calheiros, cuja cabeça Paulo Roberto Costa
teria colocado a prêmio na delação premiada?
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