sábado, 20 de setembro de 2014

Dilma jura que é “tolerância zero com a corrupção” e defende imprensa só divulgando e não investigando




Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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Ainda preocupada com o risco de perder a reeleição, Dilma Rousseff começou a demonstrar ontem qual será sua faceta bolivariana se um próximo mandato lhe for concedido pelo eleitorado idiota ou pela fraude eletrônica. Acuada pela delação premiada de seu companheiro de Petrobras Paulo Roberto Costa, Dilma resolveu alvejar a mídia com sua tese autoritária. Segundo a Presidenta-candidata, o papel da imprensa não é investigar, mas apenas divulgar informações (de preferência que não sejam contrárias ao governo – burrice que ela certamente pensou, mas não ousou falar).

As emissoras de televisão, como de costume, não deram destaque à barbaridade dita por Dilma, em entrevista coletiva que a candidata ou presidenta convocou no Palácio da Alvorada. Dilma ficou PT da vida com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, por ter lhe negado acesso ao depoimento de Paulo Roberto Costa. Indignada, advertiu que pedirá, novamente, acesso aos documentos, agora apelando ao ministro Teori Zavascki, relator no Supremo Tribunal Federal do processo da Operação Lava Jato, que tira o sono de 13 em cada 10 petistas:

“Pedirei ao ministro Teori a mesma coisa: quero ser informada se no governo tem alguém envolvido. Não tenho porque dizer que tem alguém envolvido, porque não reconheço na revista Veja e nem em nenhum órgão de imprensa o status que tem a PF, o MP e o Supremo. Não é função da imprensa fazer investigação e sim divulgar informações. Agora, ninguém diz que a informação é correta. Não prejulgo, mas também não faço outra coisa: não comprometo prova. Porque o câncer que tem nos processos de corrupção é que a gente investiga, investiga, investiga e ainda continua impune”.


 Dilma perdeu a paciência: “Não é possível que a revista Veja saiba de uma coisa, e o governo não saiba quem é que está envolvido. Pedi primeiro para a PF, que me disse: não posso entregar, a investigação está em curso e peça ao MP. E o MP me disse a mesma coisa: se ele me disser, ele contamina a prova. Quando sai uma denúncia na Veja ou em qualquer outro jornal, eu não tomo medida, porque sou presidente da República, baseada no disse me disse. Tomo medida baseada inclusive naquilo que sou a favor, que é da investigação absoluta.

Dilma demonstrou profunda irritação, em seu costumeiro tom autoritário: “Vamos deixar uma coisa clara aqui: Quem é que descobre as práticas de corrupção no Brasil? A PF. Porque a PF tem hoje uma autonomia integral para investigar quem quer que seja. Sempre que vazam informações que estão em investigação, sabe o que acontece? Compromete-se a prova. O MP denuncia e não pode ser condenado, porque a prova foi comprometida. Não é possível que alguém queira que a fonte de investigação no Brasil não sejam os órgãos oficiais. E são PF, MP e Judiciário”.

Ainda à beira de um faniquito, Dilma indagou a respondeu para si mesma, dirigindo-se, agressivamente, aos repórteres que a entrevistavam: “O que queria saber? Queria saber sim, para eu tomar providências. O que eles me dizem? Se entregar a prova para você, estarei comprometendo a investigação. Acho que nessa investigação, ela está sendo diferente. A própria revista Veja diz que o inquérito, os depoimentos, a delação estão criptografados e guardados num cofre. Isso significa que nenhuma das falas é garantida. Ninguém sabe o que é”.

Além de atacar o direito de a livre imprensa investigar (ou divulgar o que foi investigado oficialmente), Dilma lançou uma nova tese sobre a razão da impunidade no Brasil: “O pai no sentido de protetor, o compadre do crime de corrupção, do crime de lavagem de dinheiro, do crime financeiro é um só: a impunidade. Pode saber que criar condições para (combater?) impunidade, é uma coisa que o país tem de avançar. Antes, tinha o engavetador-geral da república. Hoje, tem um procurador-geral da República que investiga e tem autonomia”.


Dilma perdeu a linha, novamente, na rampa interna do Palácio da Alvorada, quando um repórter lhe indagou sobre os R$ 1,5 milhão que Paulo Roberto Costa teria recebido de propina para facilitar o processo de compra da refinaria Pasadena, no Texas, negócio do qual Dilma tenta tirar o dela da reta, embora fosse presidente do conselho de administração da Petrobras que aprovou o negócio que gerou um prejuízo de US$ 792 milhões (conforme dados do Tribunal de Contas da União). Dilma vociferou:

“Se você me disser para quem ele disse, quem disse e como é que disse, eu respondo. Recebo informações de juiz, de procurador e de delegado da PF. Sou a favor de investigar, nada colocar para debaixo do tapete. Acho que o maior mal atual é a impunidade. Se investiga, descobre o mal feito e não condena, cria a sensação de que não teve pena nenhuma. Sabe por que protege com a impunidade? Porque você não prende, não pune e só tem um jeito: tem que punir. Por isso é que se diz: tolerância zero”.

Governo do PT com tolerância zero com a corrupção tem tudo para se transformar na piada do século...

Lições de Mestres

Dilma deveria aprender um pouco mais sobre o verdadeiro papel do Jornalismo.

Então, sugerimos à Presidenta que tome como referência os ensinamentos do veterano professor-doutor e jornalista Nilson Lage, em postagem no Facebook de 23 de setembro de 2014:  

“Vocês querem saber o que é jornalismo? É isso aí. Coisa decente, séria, que não se conforma em ecoar o senso comum, mas parte daquilo que as pessoas acreditam por ouvir dizer para buscar a verdade nos fatos. Bom jornalista não é o que crê, é o que desconfia. Esses sujeitos que dão palpites de rebanho na mídia impressa, no rádio e na TV pertencem a três categorias: os fanáticos (que são poucos), os idiotas e os picaretas”.

Vale também a lição de Carlos Alberto Di Franco, em O Globo de 1º de setembro:

“A fortaleza do jornal não é só dar notícia, é se adiantar e investir em análise, interpretação e se valer de sua credibilidade”.

Abandono de incapaz


Vai processar a Dilma?

Será que Geraldo Brindeiro, Procurador-geral da República no governo FHC, gostou de ser chamado de “engavetador-geral da república” por Dilma Rousseff?

De 626 inquéritos criminais que recebeu, Brindeiro engavetou 242, arquivou outros 217 e só aceitou 60 denúncias.

As acusações recaíam sobre 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e quatro contra o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso...

Duro é que o pobre do Brindeiro, agora aposentado, nem poderá brindar a Dilma com algum processo por chamá-lo de “engavetador-geral”...

Sem comentários

Dilma também não quis falar da nova pesquisa que a colocou em vantagem na sucessão de si mesma.

Mas aproveitou para dar uma estocadinha no mercado financeiro, criticando, com grossa ironia, o sobe e desce na Bolsa de Valores:

”Acho ótima a reação da Bolsa. Quando a Bolsa cai, eu falo: será que eu subi? Tá ficando ridículo isso. Especulação tem limite! E acho que tem gente ganhando com isso. Eu não sou, eu perco, tá? Acho desagradável o fato de acharem que uma coisa está vinculada à outra. Quando sobe, ou quando desce. Não comentei e não comento pesquisa nem quando sobe e nem quando desce. Nunca comentei na vida”.

Rolo na Invepar

Os petistas que dominam os fundos Previ, Petros e Funcef fazem pressão para derrubar Gustavo Rocha da presidência da Invepar – empresa de concessões que mantêm em sociedade com a empreiteira baiana OAS, de Cesar Mata Pires, famoso genro do falecido ACM, acusado de ditar as regras na empresa.

Os detratores reclamam que a dívida líquida da Invepar saltou 121% em 12 meses, subindo de R$ 2,4 bilhões para R$ 5,5 bilhões.

Concessionária do Aeroporto de Guarulhos (SP), a Invepar tomou fumo nas licitações para a BR-163 e o Aeroporto do Galeão – o que capitalizaria a empresa.

Líderes gráficos

Foi instituído ontem o Grupo de Líderes da Indústria Gráfica no Brasil.

Noventa pessoas, representantes de companhias nacionais e multinacionais das áreas de máquinas e equipamentos, tinta, papel, livros e todos os insumos, participaram do lançamento na sede da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), em São Paulo.

A intenção do grupo é ampliar a competitividade do parque impressor nacional no âmbito de um mercado mundial estimado, no ano de 2017, em US$ 668 bilhões - sendo US$ 20 bilhões no Brasil.

Poder militar


Militares recomendam a assistida na entrevista de Ives Gandra com o General de Exército João Camilo Pires de Campos, comandante militar do Sudeste, transmitida em 22 junho de 2014, na Rede Vida, da Igreja Católica.

Marchando


Convite para manifestação dia 27, em frente ao Palácio Duque de Caxias.

Selfie do Produtor Rural


Desabafo de um agricultor que não encontra empregados para trabalho na lavoura, graças às bolsas vagabundagem que elegem o PT

Poder Judiciário na atualidade


O programa Direito e Justiça em Foco, na Rede Gospel, recebe no domingo, às 22 horas, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini.

O relógio marca...

O Comitê de Ética da Fifa ordenou que 28 membros de seu comitê executivo devolvam o luxuoso relógio da marca Parmigiani que ganharam da CBF na véspera da Copa do Mundo no Brasil.

Cada reloginho - avaliado na bagatela de US$ 26,6 mil – foi dado a 65 cartolas do futebol.

A decisão não afeta os 750 participantes do Congresso da Fifa, também no Brasil, em junho, que ganharam de presente da Fifa um relógio mais baratinho: um Longines de US$ 191...

Pergunte ao IBGE...


Será que os técnicos do IBGE conseguem saber quantos fios de cabelos foram implantados na cabeleira de Renan Calheiros, cuja cabeça Paulo Roberto Costa teria colocado a prêmio na delação premiada?

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