quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O tenso
(de)bate-boca na Band foi mais uma oportunidade para Dilma Rousseff demonstrar a
insegurança de sempre e mentir à vontade, enquanto o candidato Aécio Neves
voltou a perder a chance de ser mais ofensivo contra a corrupção e
incompetência gerencial que marcam o governo federal sob gestão do PT-PMDB.
Como Aécio não venceu o debate de goleada, a pequena derrota teve gostinho de
vitória para Dilma. Aliás, “empate técnico por alguma margem de erro” seria o
placar mais adequado ao confronto de ontem à noite.
Novamente, Dilma e
Aécio não foram claros ou nem tocaram em propostas concretas para combater a
inflação, diminuir os impostos, baixar os juros e garantir o crescimento do
Brasil. Em síntese: faltou debater estes assuntos cruciais para o
cidadão-eleitor-contribuinte. Aliás, o ponto mais grave desta eleição 2014,
desde a campanha do primeiro turno, é a falta de soluções reais e objetivas
para os problemas brasileiros. Os grandes temas são tratados com a superficial pequenez
dos políticos vaidosos e soberbos que pensam mais em si próprios que no Brasil.
Um extraterrestre
que tenha assistido ao debate com isenção deve ter ficado com a percepção de
que Aécio Neves é, claramente, mais preparado e seguro que Dilma Rousseff para
ocupar o Palácio do Planalto. No entanto, tal impressão sobre o evento
televisivo não garante uma influência direta sobre uma mudança de posição
efetiva do eleitorado que decidirá a eleição no dia 26. Embora não tenha
vencido explicitamente o programa, no qual Aécio teve um desempenho mais
sólido, Dilma sofreu bem menos danos de imagem do que seus marketeiros e ela
própria temiam. No final das contas, Dilma saiu no maior lucro pelo prejuízo
que não teve...
Aécio Neves foi claramente
abduzido pela malandragem petista que é perita em fugir de assuntos que lhe
incomodam. O tucano foi muito econômico nos ataques ao tema que mais apavorava
Dilma no debate direto: a corrupção na Petrobras, na qual Dilma foi presidente
do Conselho de Administração. Aécio nem fez alusão a este grave fato, para
alívio de Dilma. O tucano ficou refém de uma inútil discussão sobre a
paternidade do Bolsa Família – que é o instrumento garantidor dos votos
petistas principalmente no Norte-Nordeste ou nas periferias pobres dos grandes
centros urbanos.
Só no segundo bloco
pareceu que Aécio deixaria Dilma no canto do ring até o nocaute. Pegou pesado
quando falou do mar de lama no governo por causa dos escândalos da Lava Jato.
Aécio perguntou a Dilma quais teriam sido os “bons serviços prestados” por
Paulo Roberto Costa ao deixar a diretoria de abastecimento da Petrobras. Dilma
disfarçou, teatralizou que sua indignação seria mesma de todos os brasileiros,
listou vários escândalos ligados aos tucanos, e indagou Aécio sobre a obra do
aeroporto de Cláudio. Aécio chegou a chamar Dilma de leviana por relacioná-lo á
obra, e caiu na defensiva. Por fim, Dilma se deu bem em ser poupada de
responder muito mais sobre a Petrobras, Paulo Roberto Costa e outras tantas
denúncias de corrupção omitidas por Aécio – como o famoso Mensalão que botou
membros da cúpula petista na cadeia (por algum tempo, pelo menos).
Aécio reclamou
muito bem da postura de Dilma de só olhar no espelho retrovisor, referindo-se a
fatos do passado ou fazendo promessas de atos que já deveria ter tomado
justamente por ocupar a Presidência da República. No entanto, com uma repetição
de estatísticas questionáveis ou mentirosas, Dilma conseguiu chover no molhado
e não sofrer desgastes diretos por sua inação como péssima gestora pública.
Aécio optou pela tática propositiva de se vender ao eleitor como alguém mais
programático, prometendo um futuro melhor que o atual, evitando ataques mais
duros a Dilma e ao PT. Dilma ficou na dela, com a mesma dificuldade de expressão
que a caracteriza e não foi massacrada – como era previsto ou desejado pela
“oposição”.
Friamente, só pelo
desempenho neste debate, Dilma saiu do mesmo jeito que entrou, com uma vantagem
adicional. Aécio não a feriu mortalmente. Assim, Dilma ganha sobrevida para
continuar usando a máquina e prosseguir na briga para continuar no trono do
Palácio do Planalto. A marketagem petista não perdoa e continua atacando Aécio
duramente no horário eleitoral e nas inserções de propaganda ao longo da
programação de rádio e televisão. Já nas redes sociais, os eleitores mais
esclarecidos de Aécio impõem um flagelo aos petistas, petralhas e afins.
A grande dúvida é
se a internet tem mais poder de influência e sedução que a politicagem feita
pelo PT no mundo real, onde as “bolsas-voto” ou a descarada compra de votos em
troca de grana ou favores costuma falar mais alto. Se os próximos debates forem
mornos como o de ontem, com Dilma neutralizando alguns ataques e Aécio
economizando tiros na ofensiva, a vantagem será da petista. Aécio até está
correto em manter a postura de candidato que faz propostas, em vez apenas de
bater no adversário com verdades ou mentiras. O problema é que Dilma fará
sempre o contrário, praticamente neutralizando o tucano em suas boas intenções
ou bom mocismo.
Se os próximos
debates do SBT e da Globo forem do mesmo jeito, com candidatos fingindo que
falam de grandes temas nacionais, sem indicar um caminho concreto para
realizá-los, Dilma acabará levando a melhor. Ou Aécio intensifica e populariza
o combate ao tema corrupção, que desestabiliza Dilma e demonstra sua
incompetência de gestão, ou não conseguirá os milhões de votos que ainda
precisa para destronar o PT do Palácio do Planalto.
É
do Carvalho...
Desabafo
do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto
Carvalho, preocupado com a onda anti-PT:
“Atravessamos
um momento delicadíssimo da nossa campanha.Plantou-se um ódio
enorme em relação a nós. Eu não sei o que foi aquilo. Em São Paulo, estava
muito difícil andar com o broche ou a bandeira da Dilma. Em Brasília, a
cidade estava amarela, sem vermelho. O ódio tem sido construído com a
gente sendo chamado de ladrão. Com frequência, a gente vem sendo chamado com
desprezo. Estamos sendo chamados de um grupo de petralhas que assaltaram o
governo”.
O
ministro não falou, mas deve estar preocupado com o risco de a Disney processar
os petistas por calúnia, injúria e difamação contra o mau uso da inocente
imagem dos trapalhões Irmãos Metralha...
Tese
complicada
Fibra
de Herói?
Reflexões
vindas lá da famosa Sala de Justiça, onde se reúnem os mais poderosos heróis da
humanidade:
Triste
do povo em que o Batman precisa ser o Coringa na sucessão reeleitoral.
Se
o Capitão América não socorrer o Homem de Gelo podemos entrar em uma fria na
sucessão presidencial...
Utopia
dos Honestos
Cuidando
da PF?
Co-autor
do livro “Assassinato de Reputações”, do delegado Romeu Tuma Jr, o jornalista
Claudio Tognolli denuncia em seu blog que a Medida Provisória 657, baixada em
13 de outubro, tem o objetivo claro de tentar evitar novos vazamentos de
escândalos, roubos e tráfico de influência na Petrobras.
Dilma
dá poder total aos delegados de polícia e destrói as propostas do grupo de
trabalho que visava reestruturar a Polícia Federal a partir das demandas de
seus 15 mil agentes – que lutam por condições de terem o mesmo espaço dos
delegados.
Na
medida provisória, o governo reforça na lei a vinculação do diretor-geral da PF
com o Palácio do Planalto, ao inserir parágrafo afirmando que “o Diretor-Geral
da Polícia Federal será nomeado pelo Presidente da República dentre os
Delegados de Polícia Federal da classe mais elevada da carreira.”.
Cabo
Eleitoral?
Fogo
amigo
Quem
tem o MTST como aliado não precisa de inimigos.
O
movimento soltou uma nota de apoio a Dilma Rousseff, contra Aécio Neves, que
consegue bater mais no governo que a oposição:
“Neste momento há riscos reais de retorno
do PSDB ao Governo Federal. O projeto da direita avançou a passos largos nas
eleições parlamentares e no primeiro turno. Sabemos o que o PSDB representa.
Política neoliberal pura, arrocho salarial, ataque aos direitos dos
trabalhadores e corte de investimentos sociais. Além disso, avanço da
criminalização das lutas populares. Aécio Neves é retrocesso. Sua vitória
representaria o avanço do conservadorismo e do setor mais antipopular e
ofensivo da elite. Já o PT teve doze anos e não realizou as reformas populares
no Brasil. Não houve reforma urbana e agrária, reforma tributária progressiva,
reforma do sistema financeiro, democratização das comunicações, nem medidas de
enfrentamento à estrutura conservadora do Estado brasileiro. O sistema político
e a o aparato militarizado de segurança continuaram intocados. O resultado foi,
com o esgotamento de seu projeto econômico e a repetição das velhas práticas, o
fortalecimento do conservadorismo e da despolitização. Este é o cenário que
estamos vivendo. Assim, se a vitória do PT não significa uma vitória dos
trabalhadores, a vitória de Aécio Neves significa uma derrota dura para os
trabalhadores e as lutas populares. Por isso, a posição do MTST neste segundo
turno é - sem deixar de demarcar nossas críticas - defender voto em Dilma,
contra um retrocesso ainda maior. De nossa parte sabemos que, qualquer dos dois
que seja eleito, só obteremos nossas conquistas com mobilização. Em qualquer
dos casos, o MTST estará nas ruas por avanços populares”.
Documentários
Vencedores
Assista
ao premiado filme produzido pelo Centro de Comunicação Social do Exército
Brasileiro: "A Experiência Brasileira na MINUSTAH" – ganhador do
sabre de ouro na categoria documentários no 5º Festival Internacional de Filmes
Militares em Varsóvia, Polônia.
Veja
também o documentário que recebeu o prêmio "Função Social" no
Festival Internacional de Filmes de Defesa, na Itália. A produção retrata a
atuação do Exército Brasileiro no processo de pacificação dos Complexos do
Alemão e da Penha, na cidade do Rio de Janeiro.
Cielo
x Visanet
O
nadador Cesar Cielo conseguiu que a Justiça Federal no Rio de Janeiro proibisse
o uso da marca Cielo por uma empresa de cartões de crédito.
A
sentença da juíza Márcia Maria Nunes de Barros deu à empresa 180 dias para
deixar de usar o nome em todo o território nacional, sob pena de multa diária
de R$ 50 mil.
Em 2002, a Visanet, que virou Cielo, fechou acordo publicitário com o nadador apenas um dia antes de apresentar a nova marca ao mercado.
Em 2002, a Visanet, que virou Cielo, fechou acordo publicitário com o nadador apenas um dia antes de apresentar a nova marca ao mercado.
A
manobra evidenciou que a empresa se aproveitou da fama do campeão para mudar de
nome...
Garçom da Cristina
Condenado
por prevaricação e abuso no emprego de escutas telefônicas ilegais nos processos
em que presidiu, na Espanha, o juiz Baltazar Garzón caiu na boca da imprensa de
oposição na Argentina.
Só
agora os hermanos descobriram que sua amada presidente Cristina Kirchner,
através do decreto 2319 de dezembro de 2012, tinha designado Garzón para o
cargo de "coordinador en asesoramiento internacional en derechos
humanos" de seu governo.
Condenado
na Espanha em 9 de fevereiro deste ano, Garzón recebe o soldo de um
subsecretário de Estado: 72 mil pesos por mês para ser o promotor da “justicia
universal” dos argentinos...
Chegando
junto demais...
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