sábado, 27 de dezembro de 2014

Lei Seca: embriaguez em alta


Sábado, 27/12/2014 às 07:00:00

Até outubro de 2014, infrações subiram 18,5% em relação ao ano passado

eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br


O ano nem chegou ao fim, mas a quantidade de autuações por aplicação da Lei Seca no DF aumentou. Enquanto em 2013, foram registradas 8,2 mil infrações ao artigo 125 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), que dispõe sobre “dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa”, somente até outubro deste ano, o número subiu para 9,6 mil, representando aumento de 18,5%, e deve fechar 2014 ainda maior. Isso porque serão 1,7 mil ações fiscalizatórias  até o dia 31 de janeiro, como parte da Operação Mega Cerco de Fim de Ano.


Estatisticamente, a aplicação da lei é um sucesso. Segundo o Departamento de Trânsito (Detran-DF), entre junho de 2007 e o mesmo mês em 2014, houve redução de 104 mortes no trânsito e diminuição de quase 22% no número de acidentes fatais.



Comportamento
As autuações continuam acontecendo em grande número devido ao comportamento dos motoristas. “Verificamos melhora de comportamento muito pequena. A cada dez infratores,  pelo menos sete são homens com idades entre 19 e 35 anos”, detalha o chefe da unidade de Planejamento de Operações do Detran-DF, Glauber Peixoto.



Ele acredita que os registros não estão ligados a mais infrações. “Todos os órgãos fiscalizatórios tiveram aumento de efetivo”, explica.


“Amigo da vez” é alternativa
O publicitário Diogo Veiga, 27, admite que, já “escorregou” quando o assunto é bebida e direção, mas garante que hoje prefere sair com os amigos  e voltar para casa com os que não bebem. “Já fui parado na fiscalização e me pediram para fazer o teste do bafômetro. Fiquei tranquilo porque não tinha bebido”, defende.


As irmãs Gláucia e Priscilla Seixas, de 29 e 25 anos, respectivamente, têm um amigo que responde a processo por ter atropelado uma pessoa alcoolizado. “Quando acontece perto da gente, ficamos chocadas e pensamos melhor no assunto”, diz a mais velha.


A caçula admite que, às vezes, ainda mistura pequenas doses de álcool com direção, mas culpa a falta de opções de transporte. “Moro em Sobradinho e não há ônibus para irmos a uma balada”, diz.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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