sábado, 27 de dezembro de 2014

Camargo Corrêa racha cartel do Petrolão e vai delatar todo mundo em Curitiba

sábado, 27 de dezembro de 2014

Na foto ao lado, Familiares visitam executivos na carceragem da PF em Curitiba no dia 23. Natal no xadrez (Estelita Hass Carazzai/Folhapress). A foto está disponibilizada no Google..
Os repórteres Bela Megale e Alexandre Hisavasu contam na Veja deste final de semana que empreiteira  negocia um acordo de leniência com o MP e pode ser a primeira das grandes a abrir o jogo sobre o esquema de corrupção na Petrobras. 
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A Camargo Corrêa está negociando com o Ministério Público a possibilidade de fechar um acordo de leniência com a Justiça. O acordo de leniência equivale à delação premiada para pessoas jurídicas — empresas envolvidas em crimes decidem contar o que sabem em troca de benefícios e atenuantes penais. 
Dois advogados da empreiteira confirmaram a VEJA que as conversas nesse sentido com os procuradores responsáveis pela Operação Lava-Jato estão em curso e devem ser retomadas logo depois do Ano-Novo. Se elas derem resultado, a Camargo Corrêa será a primeira dissidente do clube do bilhão, grupo formado pelas maiores empreiteiras do país que, segundo o doleiro Alberto Youssef, combinava o resultado de licitações da Petrobras, superfaturava os preços e pagava a propina destinada a subornar políticos e funcionários da estatal. 
Três executivos da empresa estão presos desde a segunda semana de novembro: Dalton Avancini, diretorpresidente, João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração, e Eduardo Leite, vice-presidente.
Junto com eles, a Polícia Federal prendeu naquela data outros dezoito altos executivos de grandes empreiteiras — onze, incluindo os funcionários da Camargo Corrêa, continuam detidos na carceragem da PF em Curitiba (PR). Logo depois das prisões, as construtoras chegaram a conversar sobre a possibilidade de fechar um acordo coletivo de colaboração com a Procuradoria, mas a iniciativa foi rechaçada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que considerou a proposta um “cartel da leniência”. 
Desde então, os advogados indicavam ter desistido do acerto. Mas, há duas semanas, um dos advogados da Camargo Corrêa voltou a se reunir com os procuradores para discutir os termos de um acordo. A empresa já concordou em fazer a admissão de culpa, uma das exigências do Ministério Público que o grupo que tentou fazer o acordo coletivo não aceitava.

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