Na segunda-feira (22), durante café da manhã com jornalistas que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto, Dilma frisou que sua influência na empresa começou teve início com a nomeação de Foster para a presidência da estatal, o que ocorreu em 2012. Isso significa que a presidente da República transferiu ao seu antecessor, o agora lobista Luiz Inácio da Silva, a responsabilidade pela ciranda de corrupção que funcionava em algumas diretorias da petroleira, na época em que o petista José Sérgio Gabrielli presidia a companhia.
É importante destacar que Dilma e Lula travam uma intensa queda de braços nos subterrâneos do poder, enquanto diante de câmeras e microfones fingem manter uma relação de fidelidade e cordialidade, com direito a consultas e palpites de parte a parte. Como se sabe, Lula será candidato à presidência em 2018 e desde já começa a trabalhar nos bastidores para minar o próximo governo de Dilma, como forma de pavimentar o terreno para seu retorno ao comando do País. Até porque, um governo minimamente melhor do que o atual, o que é difícil, poderá reforçar o cacife político da presidente reeleita.
Se por um lado Lula é um animal político, por outro Dilma é truculenta e não leva desaforo para casa. Sendo assim, a briga deverá ter novos capítulos, sempre nas coxias do poder, pois Dilma quer fazer o sucessor, ao passo que o ex-metalúrgico quer voltar ao cargo. Quem conhece minimamente a política nacional sabe que os principais ministros do próximo governo não terão qualquer vínculo com Lula.
Uma das amostras desse distanciamento entre criador e criatura se materializa no excesso de poder do ministro Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil, que vem dando palpites seguidos na estruturação da política econômica do próximo governo. Como se sabe, Mercadante e Lula não rezam pela mesma cartilha, o que facilitou a decisão da presidente da República de usar o chefe da Casa Civil como ponta de lança contra o antecessor.
Fora isso, a mudança repentina no relatório da CPMI da Petrobras, de autoria do deputado federal Marco Maia (PT-RS), é obra de Lula, que sugeriu ao relator o indiciamento de muitos dos implicados no escândalo do Petrolão, situação que contrariou os palacianos, em especial a “companheira” Dilma.
Para dar o troco, a presidente anunciou que Maria das Graças Foster continuará no comando da Petrobras, contrariando o desejo da cúpula petista, que defendia a indicação de um profissional dá área a ser pinçado no mercado.
Assim, Dilma manda mais um duro recado a Lula, que está mais encalacrado no escândalo de corrupção da petroleira do que muitos imaginam. Tanto é assim, que pessoas próximas ao ex-presidente revelaram ao UCHO.INFO que o petista tem apresentado oscilação comportamental, inclusive com direito a goles daquela água que passarinho não chega perto.
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