No documento enviado ao ministro Teori Zavascki, Janot, entretanto, não faz nenhum juízo de valor sobre essa citação.
O jornal 'O Estado de S. Paulo' apurou que ele se limita a dizer que a Constituição não permite que o chefe do Executivo seja investigado por qualquer ato que não seja relacionado com o exercício do cargo da Presidência, posto que Dilma assumiu apenas em 2011.
Essa justificativa foi adotada por opção de Janot. Ele poderia, simplesmente, não ter incluído o nome dela na lista, mesmo que apenas para arquivar a investigação.
Pela citação de Janot, fica claro que as referências feitas sobre Dilma nas investigações da Lava Jato aconteceram enquanto ela ocupava cargo de ministra do governo Lula - chefiou o Ministério de Minas e Energia e comandou a Casa Civil - ou quando deixou o governo, se desincompatibilizando da Casa Civil, em 2010, para disputar sua primeira eleição presidencial.
A referência a Dilma nessa lista amplia sua exposição política, justamente num momento em que o cenário dentro do Congresso é de conflito aberto com o PMDB, principal partido aliado do governo e do PT. Além disso, Dilma também enfrenta enormes dificuldades com deputados e senadores para conseguir aprovar suas propostas de ajuste fiscal na busca pela recuperação da economia.
O material enviado por Janot ao STF está em regime de segredo de Justiça. O sigilo deve ser aberto pelo ministro do Supremo Teori Zavascki.
Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário