Lava Jato Diario do Poder
Presença do nome do senador do PMDB em relação de suspeitos de
envolvimento com esquema agrava crise entre partido e governo
Publicado: 05 de março de 2015 às 10:01
Ex-líder do governo no Senado está no listão
do petrolão (Foto: ABr)
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), segundo vice-presidente do Senado, está
na lista de investigados que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
enviou ao Supremo Tribunal Federal, na última terça-feira, relativa a apurações
da Operação Lava Jato.
No Congresso, o parlamentar já foi líder dos governos de Fernando
Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff
(PT). O senador é uma das principais lideranças do PMDB e a inclusão de seu
nome na relação de investigados aumenta ainda mais a crise de relacionamento
entre o maior partido da base aliada e o governo.
O nome do senador apareceu em depoimentos de delação premiada do o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso pela
Polícia Federal desde março do ano passado.
Jucá foi citado em uma relação de outros 27 políticos que, segundo o ex-diretor, seriam beneficiários do esquema de desvios envolvendo contratos da Petrobrás.
Jucá foi citado em uma relação de outros 27 políticos que, segundo o ex-diretor, seriam beneficiários do esquema de desvios envolvendo contratos da Petrobrás.
Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e Eduardo Cunha (RJ),
presidente da Câmara dos Deputados, também foram mencionados.
O procurador-geral encaminhou 28 pedidos de abertura de inquérito contra
54 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela
Lava Jato. Além deles, foram apresentados sete pedidos de arquivamento - entre
eles o de Aécio e da presidente Dilma Rousseff. Os nomes não foram revelados
oficialmente porque o caso está sob segredo de Justiça. Entre os 54 suspeitos
estão políticos com e sem mandato e podem envolver parlamentares do PT, PMDB,
PP, PSDB e PSB.
O ministro do Supremo Teori Zavascki, relator do caso, deve aceitar os
pedidos do procurador e tirar o sigilo da lista de acusados até esta
sexta-feira, 6. (AE)
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