Carlos Chagas
O Congresso não será mais o mesmo, se é que desde sua instalação em fevereiro foi alguma coisa. Não haverá como o Legislativo manter-se ativo e respeitado enquanto não for julgado o último dos 49 políticos integrantes da lista do procurador Rodrigo Janot, além, é claro, de outros que possam ser incluídos a partir de agora.
O Executivo também perde em densidade, de mãos amarradas, dada a evidência de fazerem parte de sua base parlamentar quase todos os apontados como participantes do escândalo da Petrobras. Para não falar de ex-ministros e até do coordenador da segunda campanha de Dilma. Com relação aos partidos, a mesma coisa. Poucos escaparão intactos, com o andar das investigações, liderados pelo PMDB, o PT e o PP.
Fica no ar a indagação maior: as instituições democráticas resistirão? Já tem gente procurando alternativas, todas de péssima lembrança e piores intenções. A volta dos militares seria cômica se não fosse trágica, mas, felizmente, inviável. A entrega do poder às centrais sindicais aumentaria o descrédito. Imaginar a Igreja, ou as igrejas, comandando o espetáculo, multiplicaria a confusão. Pensar no empresariado seria pensar na farra das empreiteiras. Convocar a inteligência nacional através das universidades, um risco dos diabos de desentendimento completo.
JUNTAR OS CACOS
Sendo assim… Sendo assim, melhor juntar os cacos do que está sobrando a partir de uma determinação: jamais todo o poder ao Judiciário, que só deu certo há 70 anos, mas levar a Justiça a entender que só desataremos o nó deitando imediatamente tacape e borduna no lombo dos corruptos, quantos e quaisquer que sejam e onde se encontrem. A reconstrução apenas será possível com a rápida e inflexível punição dos que contribuíram e ainda contribuem para destruir a nação.
Cabe aos tribunais, em vez de se imaginarem acima e além da sujeira, extirpá-la. Para começar, agilizando as investigações e os processos. O Brasil não aguentará mais do que um ano assistindo revelarem-se a conta-gotas suas podridões. Torna-se necessário pular por cima de expedientes e filigranas jurídicos que em vez de aprimorar, só conspurcam a Lei e o Direito. Cultivar o contraditório e a prerrogativa de defesa não impedem a urgência. Melhor chamar rapidamente o Joaquim Barbosa.
O Congresso não será mais o mesmo, se é que desde sua instalação em fevereiro foi alguma coisa. Não haverá como o Legislativo manter-se ativo e respeitado enquanto não for julgado o último dos 49 políticos integrantes da lista do procurador Rodrigo Janot, além, é claro, de outros que possam ser incluídos a partir de agora.
O Executivo também perde em densidade, de mãos amarradas, dada a evidência de fazerem parte de sua base parlamentar quase todos os apontados como participantes do escândalo da Petrobras. Para não falar de ex-ministros e até do coordenador da segunda campanha de Dilma. Com relação aos partidos, a mesma coisa. Poucos escaparão intactos, com o andar das investigações, liderados pelo PMDB, o PT e o PP.
Fica no ar a indagação maior: as instituições democráticas resistirão? Já tem gente procurando alternativas, todas de péssima lembrança e piores intenções. A volta dos militares seria cômica se não fosse trágica, mas, felizmente, inviável. A entrega do poder às centrais sindicais aumentaria o descrédito. Imaginar a Igreja, ou as igrejas, comandando o espetáculo, multiplicaria a confusão. Pensar no empresariado seria pensar na farra das empreiteiras. Convocar a inteligência nacional através das universidades, um risco dos diabos de desentendimento completo.
JUNTAR OS CACOS
Sendo assim… Sendo assim, melhor juntar os cacos do que está sobrando a partir de uma determinação: jamais todo o poder ao Judiciário, que só deu certo há 70 anos, mas levar a Justiça a entender que só desataremos o nó deitando imediatamente tacape e borduna no lombo dos corruptos, quantos e quaisquer que sejam e onde se encontrem. A reconstrução apenas será possível com a rápida e inflexível punição dos que contribuíram e ainda contribuem para destruir a nação.
Cabe aos tribunais, em vez de se imaginarem acima e além da sujeira, extirpá-la. Para começar, agilizando as investigações e os processos. O Brasil não aguentará mais do que um ano assistindo revelarem-se a conta-gotas suas podridões. Torna-se necessário pular por cima de expedientes e filigranas jurídicos que em vez de aprimorar, só conspurcam a Lei e o Direito. Cultivar o contraditório e a prerrogativa de defesa não impedem a urgência. Melhor chamar rapidamente o Joaquim Barbosa.
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