segunda-feira, 23 de março de 2015
Gilberto Durinho, no UFC do último sábado, antecipou a pesquisa CNT/MDA e disse: "Dilma, pede pra sair!"
(Folha) A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff atingiu em março
deste ano o segundo pior nível histórico, segundo pesquisa CNT/MDA
divulgada nesta segunda-feira (23). No total, 64,8% dos entrevistados
consideram o governo da petista ruim ou péssimo, contra 10,8% que o
avaliam como ótimo ou bom. Outros 23,6% consideram que o governo Dilma Rousseff é regular e 0,8% não sabem ou não responderam.
O pior índice registrado pela pesquisa foi em setembro de 1999, no
segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na
época, o governo do tucano foi avaliado positivamente por apenas 8% dos
entrevistados e 65% fizeram avaliação negativa de sua gestão.
A pesquisa também mostra que a avaliação pessoal da presidente é a pior
da série histórica da CNT/MDA. Entre os entrevistados, 77,7% desaprovam a
presidente, contra 18,9% que a aprovam. Outros 3,4% não sabem ou não
responderam. A pesquisa começou a ser realizada em julho de 1998.
A última pesquisa CNT/MDA que fez a avaliação do governo Dilma Rousseff
foi realizada em setembro de 2014, antes das eleições que reelegeram a
petista. Na época, o governo Dilma foi avaliado de forma positiva por
41% dos entrevistados, contra 24% que fizeram avaliação negativa. A
pesquisa realizou 2002 entrevistas entre os dias 16 e 19 de março,
logo após os protestos contrários ao governo federal, em 137 municípios
de 25 Estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
SEGUNDO MANDATO
O levantamento aponta que 75,4% dos entrevistados consideram o segundo
mandato de Dilma pior que o primeiro, enquanto 2,8% o avaliam como
melhor e 16,4% o consideram igual. Outros 4,4% acham não ser possível
fazer essa avaliação e 1% não sabem ou não responderam.
Segundo a pesquisa, 84% dos entrevistados consideram que Dilma não
cumpre em seu segundo mandato o que prometeu durante a campanha
eleitoral. Outros 4,7% consideram que ela cumpre suas promessas, 12,9%
avaliam que as promessas são cumpridas parcialmente e 1,4% não sabem ou
não responderam.
O levantamento também questionou os eleitores sobre uma eventual disputa
para a presidência da República neste momento entre Dilma e senador
Aécio Neves (PSDB-MG). O tucano seria eleito com 55,7% dos votos contra
16,6% recebidos por Dilma. Os brancos e nulos somaram 22,3% e 5,4% não
sabem ou não responderam.
Entre os entrevistados, 41,6% declararam ter votado em Dilma nas
eleições de outubro do ano passado contra 37,8% que votaram em Aécio.
Outros 10,8% afirmaram ter votado em branco ou nulo, 8,7% não votaram e
1,1% não lembram ou não responderam.
A pesquisa também perguntou aos eleitores se o governo Aécio Neves estaria melhor que o de Dilma Rousseff neste momento, caso o tucano tivesse sido eleito em outubro. No total, 38% dos entrevistados consideram que estaria melhor, contra 32,6% que consideram igual e 17,4% que acham que a gestão do tucano seria pior. Os que não responderam ou não sabem somam 1,2%. Em relação a um eventual pedido de impeachment de Dilma, 59,7% responderam ser favoráveis e 34,7%, contrários. Outros 5,6% não sabem ou não responderam.
PETROBRAS
Em relação às denúncias de corrupção da Petrobras, 68,9% dos
entrevistados consideram que Dilma é culpada pelo esquema de desvio de
recursos na estatal, contra 23,7% que não têm essa avaliação. Outros
7,4% não sabem ou não responderam. O ex-presidente Lula também é
considerado culpado pelas irregularidades na estatal por 67,9% dos
entrevistados, contra 23,7% que discordam.
A pesquisa mostra que 75,7% dos entrevistados sabem da lista dos
políticos que teriam envolvimento com o escândalo de corrupção na
Petrobras. No total, 90,1% dos entrevistados consideram que os citados
na lista estão envolvidos nas irregularidades, mas 65,7% acreditam que
não serão punidos. Apenas 28,4% dos entrevistados acreditam em punições
aos culpados.
Segundo o levantamento, 83,2% dos entrevistados apoiam as manifestações
contra o governo realizadas no dia 15 de março e 15,7% são contrários.
Mas apenas 3,9% responderam ter participado dos protestos, contra 96,1%
que não estiveram presentes.
CRISE
A pesquisa mostra que 53,9% dos entrevistados consideram que a reforma política vai ajudar, pelo menos em parte, para resolver a crise política do país. Outros 33,2% não acreditam na reforma como solução e 12,9% não sabem ou não responderam. Metade dos entrevistados apontaram a corrupção como maior desafio do governo federal, seguido por saúde (37,1%) e economia (29,3%).
Em relação à crise econômica, 66,9% consideram que as medidas adotadas
pelo governo federal não vão solucionar os problemas no campo econômico e
25,2% são otimistas em relação ao resultados das medidas. No total,
92,8% dos entrevistados responderam estar preocupados com a crise na
economia do país. O tempo para resolver a crise será de longo prazo (3 a
4 anos) segundo 51% dos entrevistados, enquanto 10,7% acham que será
solucionada em um ano.
O levantamento aponta que 82,9% dos entrevistados consideram que Dilma
não sabe lidar com a crise, contra 13,8% que pensam o contrário. Outros
3,3% não sabem ou não responderam.
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