segunda-feira, 23 de março de 2015

Nem só de petrolão viveu Youssef. A roubalheira vai longe, com Cuba na linha de frente.


Dilma e o tirano Raúl Castro: inauguração do porto de Mariel.
Quanto mais se mexe no lodaçal do petrolão, mais perto de Lula chega a Operação Lava Jato. A bandalheira se estende à África - tão acariciada pelo "palestrante" Lula -, à Angola, ao Uruguai, além da construção do Porto de Mariel, em Cuba, pela Odebrecht (patrocinadora do tiranete). Ah, e devagarinho a coisa vai chegando também ao BNDES. Não, Dilma não comerá o peru de Natal no Palácio do Planalto:


O doleiro Alberto Youssef também atuava em países da América Latina e da África, entre eles Cuba, Uruguai e Angola - regiões onde o ex-ministro José Dirceu prestava consultoria internacional para empreiteiras do cartel investigado pela Operação Lava Jato. É o que mostra a lista de cerca de 750 contratos apreendida em seu escritório, em São Paulo, em abril do ano passado.

Em Cuba, a lista de Youssef registra negócio nas obras do Porto de Mariel com a Olex Odebrecht Logística e Exportações, braço administrativo no exterior da Construtora Norberto Odebrecht - responsável pela obra e alvo das investigações da Lava Jato por cartel e corrupção. O valor do contrato negociado pelo doleiro, segundo o registro, foi de R$ 3,6 milhões, referente a cotação de tubos. O contrato data de 2010. A construtora nega irregularidades e relação com Youssef.

Há ainda referências a negócios no Uruguai, Costa Rica, Argentina, Equador e Angola.
A força-tarefa da Lava Jato considera a lista o mapa dos negócios feitos por Youssef, entre 2009 e 2012, em nome da empresa de tubo Sanko Sider - alvo de ação penal -, por meio da qual o doleiro ocultava dinheiro de propina. A Sanko serviu para desvios nas obras da Refinaria Abreu e Lima, via empresas de fachada de Youssef.
O doleiro pode ter recebido, no total, são R$ 11 bilhões em comissões. Na planilha, para cada projeto destacado há um cliente vinculado, geralmente uma grande construtora, e para cada cliente há um cliente final, quase sempre empresas públicas, como a Petrobrás e algumas empresas privadas.
O juiz federal Sérgio Moro considerou a lista prova de que os crimes do doleiro transcenderam a estatal petrolífera.
Cruzamento. Investigadores da Lava Jato cruzam agora os negócios de Youssef nesses países da América Latina e África com os serviços de consultoria prestados pela empresa JD Assessoria, do ex-ministro José Dirceu, que passou a ser investigada no final do ano passado por suspeita de ter prestado falsas consultorias para ocultar o pagamento de propina.
A JD trabalhou para empresas do cartel que atuava na Petrobrás em países onde Youssef também buscou negócios. Cuba é um deles. A função de Dirceu seria “abrir portas”, o que incluiria a intermediação de encontros entre autoridades estrangeiras e empresas brasileiras que pretendiam fazer negócio no exterior.
A JD foi contratada pela Engevix Engenharia, uma das investigadas pela Lava Jato, por exemplo, para abertura de negócios em Cuba e no Peru.
Defesa. O ex-ministro informou, via sua assessoria de imprensa, que os serviços prestados em Cuba e outros países foram legais. Informou que fez cerca de 120 viagens ao exterior a trabalho, percorrendo cerca de 30 países. “A relação comercial com as empresas não guarda qualquer relação com contratos na Petrobrás sob investigação na Operação Lava Jato”, diz nota publicada no blog do ex-ministro José Dirceu. (Estadão).
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