É a quarta vez que o mercado eleva a projeção de inflação, que deve
encerrar 2015 em 8,29%. A propósito, Levy dos Impostos anda caladinho:
Pela
quarta semana consecutiva, os analistas ouvidos pelo Banco Central para
o Relatório de Mercado Focus elevaram a previsão para o IPCA deste ano.
Pior do que isso, pela primeira vez, o grupo que mais acerta o
resultado da inflação, o chamado Top 5, projeta agora que o índice
ficará acima de 9%. A expectativa da pesquisa geral é que o índice
oficial de inflação encerre 2015 em 8,29%, contra 8,26% da semana
anterior. Há um mês, essa projeção estava em 8,13%.
No
Top 5 de médio prazo o movimento também foi de alta, e forte. A mediana
das estimativas para o IPCA deste ano segue bem acima da banda superior
de 6,5% da meta e passou de 8,73%, patamar em que estava há quatro
semanas, para 9,02% esta semana. Na semana passada, o Banco Central
afirmou, em ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que só vê a convergência da inflação para a meta ao final de 2016.
Para o fim de 2016, a mediana das projeções para o IPCA caiu de
5,60%, mesmo número de quatro semanas atrás, para 5,51%. Já no Top 5 de
médio prazo, a projeção para a inflação ao final do ano que vem caiu de
6,40%, mesmo nível de um mês antes, para 6,00%.
As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente foram
reduzidas de 5,96% para 5,94%. Há quatro semanas estava em 5,99%. Para
maio, a mediana das previsões seguiu em 0,50%. A Focus trouxe hoje
também a mediana das projeções para o IPCA de junho, que deve ficar em
0,30%, segundo o mercado - mesma taxa da pesquisa anterior e de quatro
semanas atrás.
PIB. O
desânimo do mercado financeiro com a atividade econômica também está
cada vez mais evidente. A expectativa mediana para o Produto Interno
Bruto (PIB) de 2015 é de uma queda de 1,20% ante 1,18% da semana
anterior. Há quatro semanas, a projeção era de recuo de 1,01% no PIB
deste ano. Para 2016, a mediana das projeções se manteve em crescimento
de 1% pela quarta semana seguida.
Os resultados do PIB sofreram influência das expectativas sobre a
produção industrial, cuja mediana das estimativas para este ano segue em
baixa de 2,50% - a mesma de quatro semanas atrás. Para 2016, as apostas
de expansão para a indústria seguem em 1,50% há cinco semanas
consecutivas.
Os analistas esperam que a relação entre a dívida líquida do setor
público e o PIB encerre 2015 em 37,95%, após oito semanas seguidas de
mediana em 38,00%. Para 2016, as expectativas passaram de 38,70% para
38,50% - um mês antes, estava em 38,90%.
Selic. Mesmo
depois da divulgação de uma ata do Comitê de Política Monetária (Copom)
mais "agressiva" do que o esperado, o mercado financeiro manteve a
previsão para a Selic no fim deste ano em 13,50%.
A ação mais recente do Copom foi a de aumentar a taxa básica de juros de 12,75% ao ano para 13,25% ao ano e,
depois da divulgação do documento sobre a reunião, o mercado entendeu
que o BC continuará com sua política de elevação de juros. Isso, no
entanto, não foi explicitado no boletim.
Há um mês, a estimativa observada no boletim era de que a Selic
encerrasse 2015 em 13,25% ao ano. A taxa média esperada para este ano
continuou em 13,22%. Quatro semanas antes, essa taxa média estava em
13,17% ao ano. Já para os economistas que mais acertam as projeções para
o rumo da taxa básica de juros, o Top 5 no médio prazo, a Selic
encerrará este ano em 13,75% ao ano, ante expectativa anterior de
13,50%.
No caso do fim de 2016, a mediana das projeções, que era mantida há
18 semanas seguidas em 11,50% ao ano, passou agora para 11,63%, o que
indica uma clara divisão do mercado sobre o rumo dos juros no
encerramento do ano que vem. Apesar disso, a previsão para a Selic média
do ano que vem continuou em 12% pela quarta semana seguida. No caso dos
Top 5, para 2016, a expectativa do grupo é de que a taxa fique em 12%
ao ano, mesma previsão verificada há sete semanas.
Câmbio. O
mercado financeiro também não fez alterações para o cenário de dólar
este ano. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o
câmbio no encerramento de 2015 seguiu em R$ 3,20. Quatro edições
anteriores da Focus, a mediana estava em R$ 3,25. A taxa média prevista
para este ano, no entanto, caiu de R$ 3,08 para R$ 3,07 - um mês atrás
estava em R$ 3,13.o)
Já para 2016, a cotação final seguiu em R$ 3,30 pela quinta semana
seguida. A taxa média para o ano que vem recuou de R$ 3,23 para R$ 3,21,
mesmo patamar visto um mês antes. (Estadão).
Nenhum comentário:
Postar um comentário