domingo, 31 de maio de 2015

Colunistas que ficam discutindo o sexo dos anjos em vez de entregar o esquema à PF!!!O senhor Stédile - SACHA CALMON

domingo, maio 31, 2015

CORREIO BRAZILIENSE - 31/05

Dizem os petistas que o senhor João Pedro Stédile é um homem culto, com pós-graduação em universidades de ponta, além de poliglota. Ao que parece - o partido não é chegado ao idealismo burguês -, o referido senhor é um intelectual de primeira linha. De fora a distância entre o que o PT diz e a realidade, vamos aceitar que o homem é culto.  
Mas a cultura que o reveste acentua ainda mais a rudeza do seu pensar, sem falar na malignidade de seus atos e pregações. Outro dia - indignado com a outorga da Medalha a ele conferida pelo chanceler da Comenda da Inconfidência, o mais alto galardão do governo de Minas Gerais -, um magistrado mineiro dizia vê-lo como fanático marxista, igual aos sectários da guerra santa dos islamitas radicais. Leitor e admirador de Marx e Freud, dois gênios, ousei rerratificar a fala do meu interlocutor: fanático, sem dúvida, mas do comunismo à moda de Lênin e Fidel, tirando Marx da confusão, filósofo profundo que sequer chegou a ver em vida as movimentações históricas dos partidos comunistas.

Quem leu o livro de Engels, amigo íntimo de Marx e próspero industrial alemão, a origem da família, do Estado e da propriedade, certamente está informado do significado da dialética da história no conjunto da obra de Marx, cujo livro mais citado é O capital, até hoje profundo e polêmico. Com acerto, o padre Jean Calvez, o mais honesto e profundo conhecedor da filosofia de Marx, dizia ser ele o autor da mais completa interpretação histórica do homem e do universo. Marx esteve baseado na dialética de Hegel, seu mestre e contemporâneo (ver Ludwig Feuerbach ou o Fim da filosofia clássica alemã), que utilizava a dialética do filósofo grego Heráclito para explicar a evolução do espírito absoluto (filosofia idealista alemã). Marx o botou com os pés no chão e usou a dialética para explicar o homem e a história, deixando de lado o tal espírito absoluto. O homo necessitudinis, ou seja, um ser de necessidades, é a tese. A antítese é a natureza sobre a qual o homem atua (homo faber) para satisfazer as necessidades de comer, defender-se, abrigar-se, procriar e sobreviver.

A síntese é a história humana sob a face da Terra. Ao redor dessa contradição básica (ou seja, tese versus antítese = síntese), Marx chega aos tempos modernos pregando que só haveria igualdade e liberdade plenas com o desaparecimento do Estado e das classes sociais antagônicas e a mais-valia do trabalho, com a vitória do proletariado e a coletivização da propriedade (todos por um e um por todos), um belo sonho que ele chamou de materialismo histórico a terminar num paraíso terreal elevado e científico, a ombrear, como diz o padre Calvez com a parusia cristã, ou seja, o paraíso após a morte (o fim de todas as contradições da história dos homens e de cada homem particularmente).

Embora a sociologia marxista seja ferramenta imprescindível para a compreensão da história humana, especialmente pelos lados social e político, a faticidade sociológica que processou a evolução das sociedades modernas nos mostrou, à saciedade, o fracasso dos modelos socialistas supostamente marxistas-leninistas. Rússia e China, os dois gigantes do socialismo dito científico, o trocaram por economias de mercado e modelos democráticos de gestão (o PC chinês tem vários partidos no seu âmago). Comunistas remanescentes temos somente dois países: Cuba, pressurosa em se modernizar, e Coreia do Norte, secretamente ávida de unir-se à Coreia do Sul.

Causa espécie que, apesar da sua cultura, o senhor Stédile não tenha percebido as mutações da história contemporânea, apegando-se a avelhantados slogans tipo "luta contra o imperialismo norte-americano", ou de cara com o sucesso do agronegócio, a alardes contra "a exploração do latifúndio improdutivo"... Stédile não passa de um agitador político, com alta dose de desequilíbrio socioafetivo, apegado a teses esquizoides dissociadas da realidade que vivemos no Brasil. O PT inteiro, aliás, inventa uma luta de classes que ninguém enxerga e alardeia defender os pobres contra os ricos. Ora, não há quem sendo rico deixe de desejar o aumento do poder aquisitivo do povo, garantia de mais progresso, pois terá a quem vender produtos e serviços.

A luta contra a pobreza, o desejo de educar o povo, o resgate da desigualdade histórica que assola as sociedades latino-americanas é desejo de todos os brasileiros e povos irmãos do continente. Não existem "banqueiros perversos", "latifundiários exploradores" nem "burgueses despolitizados". Os "movimentos sociais" não passam de "caricaturas" ridículas de "imaginárias revoluções", massa de manobra de políticos populistas, espertalhões e psicopatas sociais, como o senhor Stédile, com todos os seus inúteis diplomas.


 


Comentário

1.Como vcs gostam de complicar as coisas!O cara está pouco interessado em Marx, Engels, comunismo ou sei lá o que!Ele descobriu um esquema que dá lucro só isso!

L-U-C-R-O, dinheiro, prata, grana será assim tão difícil de entender?Cobra de cada membro de seu movimento uma grana, e por cada invasão bem sucedida, ele fatura alguns lotes.

Ou vários lotes que depois venderá a preço de ouro.E vcs, colunista, em vez de chamar o MP para verificar QUEM de fato está morando nesses lotes invadidos e regularizados por deputados (que tb estão ganhando lotes de terra de graça com a desculpa do "coitadinho dos pobrinhos que não têm onde morar") ficam queimando pestanas,gastando tinta e papel e a paciência do leitor para descobrir se o fulano é seguidor de Marx ou não. 

Esses colunistas ficam discutindo o sexo dos anjos em vez de entregar o esquema à PF!!!

Ana Lia 

 2. Na Argentina existe um condomínio fechado, muito sofisticado, muito bonito, muito chique onde as taxas são absurdamente altas.São residências maravilhosas, todas com piscina, ar condicionado  e calefação. Pois bem, esse condomínio foi feito em área que pertencia à uma universidade publica. Os donos do condomínio invadiram as terras da universidade, lotearam, fracionaram e compraram os juízes para que declarassem que as terras não pertenciam à universidade e sim aos invasores.Cada juiz ganhou um lote dentro do condomínio em troca do parecer fraudulento e ilegal.

É isso que o senhor Stedile está fazendo sob o slogan de "casinhas para os pobrinhos". É isso que está por trás de cada invasão bem sucedida do MST ou do MSTS. Deputados e juízes corruptos!!

E uma classe media que aos poucos vai mostra as caras quando começar a construir mansões na Estrutural e em todas áreas invadidas e regularizadas fraudulentamente.

Anonimo.

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