domingo, 31 de maio de 2015

Mulher de Pimentel mantém empresa de fachada para Bené


A situação anda crítica lá pelas bandas do Palácio das Mangabeiras com as estrepolias da mulher do governador Fernando Pimentel. A PF acusa Carolina Pereira, que é jornalista, de manter empresa de fachada, usada pela quadrilha de Benedito Oliveira, o Bené, preso ontem na Operação Acrônimo. Sim, a empresa Oli Comunicação, da mulher do governador, é fantasma:


A Polícia Federal acusa a jornalista Carolina de Oliveira Pereira, mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, de manter empresa que é usada pela organização do empresário Benedito de Oliveira, um dos presos nesta sexta-feira pela Operação Acrônimo. Um dos relatórios da operação a que o GLOBO teve acesso afirma que Oli Comunicação e Imagens, que está em nome de Carolina, seria apenas uma empresa de fachada. A empresa teria sido usada pelo grupo de Benedito para movimentação financeira indevida.
A Polícia Federal concluiu que a Oli Comunicação é empresa fantasma depois de fazer uma visita ao endereço da empresa. No papel, a Oli funciona no mesmo endereço da PP & I Participações Patrimoniais, outra empresa supostamente usada em negócios nebulosos de Benedito Oliveira.

"Conforme item 3.1.1. da Informação 009/2015, embora a recepcionista do local tenha referido o funcionamento da empresa Oli, nos salas 1810 e 1881 (onde deveria funcionar a empresa) não foi encontrada qualquer indicação da existência da mesma", diz o procurador Ivan Marx ao pedir à Justiça Federal busca e apreensão de documentos em endereços de Caroline.
Segundo o procurador, "pode se concluir que, tanto a empresa PP & I Participações Patrimoniais e Imobiliárias, a empresa Oli Comunição e Imagens também seria uma empresa fantasma possivelmente utilizada para os fins Orcrim (organização criminosa) com a conivência de sua proprietária Caroline de Oliveira Pereira".

Antes de se casar com Fernando Pimentel, Carolina trabalhava como assessora de imprensa do petista no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ela era contratada por meio do BNDES, órgão vinculado ao ministério comandado por Pimentel. A ação da PF ocorreu no endereço onde Carolina vivia antes da eleição de Pimentel, em Brasília. Atualmente, a primeira-dama mora no Palácio dos Mangabeiras, em Belo Horizonte, residência oficial do governador do estado.

Procurado pelo GLOBO para comentar a ação na casa de Carolina, o governo de Minas informou, apenas, que “não é objeto de investigação neste processo”. Na tarde de ontem, a primeira-dama divulgou nota informando que “viu com surpresa a operação de busca e apreensão realizada em sua antiga residência, em Brasília” e que “acredita que a própria investigação vai servir para o esclarecimento de quaisquer dúvidas”.

A Operação Acrônimo apura o que a PF diz ser um esquema de montagem de empresas para lavar dinheiro. A maior parte das empresas é considerada, pela PF, como de fachada. Elas teriam movimentado mais de R$ 500 milhões desde 2005, só em contratos com o governo federal. A Gráfica Brasil — principal empresa da família de Benedito — faturou R$ 465 milhões nesse período. Isso chamou a atenção dos investigadores. Outra empresa do grupo, chamada Due, faturou R$ 65 milhões em eventos. Parte do dinheiro pode ter sido doação para campanhas.

Nas buscas, foram aprendidos R$ 98 mil e US$ 5 mil. A assessoria da PF informou que, durante a operação, teria sido constatado que o grupo investigado continuou a atuar e por isso foi feita prisão em flagrante. A PF não esclareceu em que circunstância isso ocorreu. Ao todo, 12 carros foram apreendidos e estão na superintendência da PF em Brasília.

Segundo a PF, o grupo fazia transações com pequenas quantias para ficar fora do radar do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A técnica é batida e ganhou um apelido “smurffing”. O nome deriva do desenho Smurfs: criaturinhas que vivem numa aldeia mágica e conseguem passar despercebidas dos humanos. (O Globo).

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Ai, ai, ai: mulher de Fernando Pimentel viajou com o Bené, preso pela PF.

O tal de Bené já havia se envolvido no escândalo dos dossiês contra  candidatura Serra, em 2010. Hoje foi preso por suspeita de associação criminosa. É colaborador de candidaturas petistas:


Carolina de Oliveira Pereira, mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, cujo apartamento em Brasília foi alvo de busca e apreensão realizada nesta 6ª feira (29.mai.2015) pela Polícia Federal, já dividiu uma viagem de jato particular com o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, preso nesta 6ª feira sob suspeita de crime de associação criminosa.

Carolina estava num voo de Punta Del Este, no Uruguai, a Belo Horizonte em 29.mar.2014, em um jatinho Embraer Phenom 300, prefixo PR-ERE. Também estavam no avião Pimentel, o deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG), Benê e uma segunda mulher, Bruna Cristina da Silva Oliveira Fonseca de Andrade.

A viagem já havia sido divulgada pela “Folha” em 10.out.2014, durante a campanha eleitoral do ano passado, sem a informação de que Carolina estava no voo. Abaixo, reprodução do documento que lista os nomes dos passageiros e detalhes da viagem:
Detalhes do voo (clique para ampliar)

Não havia mandado de prisão expedido contra Bené, mas os policiais decidiram prendê-lo em flagrante após analisar documentos apreendidos durante a Operação Acrônimo.

Ele atua no ramo de serviços gráficos e organização de eventos. Segundo a investigação da PF, duas empresas de Bené –a Gráfica Brasil e a DUE–, receberam R$ 525 milhões em contratos com a União de 2005 a 2014. Até 2005, as empresas faturavam cerca de R$ 5 milhões ao ano.

A operação tem como objetivo combater organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro. Segundo a PF, os investigados empregavam a técnica de “smurffing'', que busca evitar a identificação de movimentações fracionando os valores, e uso de “laranjas”.

Em outubro de 2014, Bené estava em um avião apreendido pela PF no aeroporto de Brasília que transportava R$ 114 mil em espécie. Esse fato foi o pontapé inicial da Operação Acrônimo, deflagrada nesta 6ª feira. Seu nome, sinônimo de sigla, deve-se ao prefixo da aeronave apreendida em 2014, PR-PEG, que traz as iniciais dos filhos de Bené.

Pimentel, por meio de sua assessoria, informou que na época da viagem não ocupava nenhum cargo público nem era um candidato ao governo. “Foi uma viagem privada”, diz a nota. (Blog do Fernando Rodrigues).
1 comentários

Nenhum comentário: