Felizmente, a PEC da Bengala evitou a tragédia maior
Aprovação do nome de Fachin reforça a maioria de votos que o governo tem no STF
A presidente Dilma Rousseff ganhou. [não esqueçam: cada vitória da Dilma é uma derrota para o Brasil.] E o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL) perdeu com a aprovação do nome do jurista Luiz
Fachin para ministro do Supremo Tribunal Federal. É simples assim.
Foi Dilma que submeteu o nome de Fachin ao voto dos 81 senadores. Pois
57 disseram sim, 27 não, e dois faltaram à votação. Fachin precisava do
apoio de, no mínimo, 41 senadores. Foi Renan que escolheu se opor à escolha de Fachin porque, não se sabe
até quando, ele na verdade escolheu se opor a tudo ou quase tudo o que
Dilma proponha.
Renan não se arriscou a fazer campanha escancarada contra Fachin. Mas
pediu votos contra ele a alguns dos seus pares, mesmo depois de Dilma
ter lhe pedido que não fizesse isso. O prêmio de consolação que coube a Renan foi a rejeição ao nome de
Guilherme Patriota, irmão do ex-ministro do primeiro governo Dilma,
Antonio Patriota, para ser o representante permanente do Brasil na
Organização dos Estados Americanos (OEA).
O nome não foi aceito por apenas um voto (38 a 37). Quer dizer: uma
larga fatia de senadores que apoiam o governo votou junto com a oposição
para derrotar Patriota – e, por tabela, Dilma. [em
votação sem importância, mera indicação de um embaixador medíocre para
um cargo menor. Nas votações de maior importância, parece que a Dilma
perde, mas n resultado final ela ganha.]
Em março último, antes que Dilma apontasse Fachin para a vaga de
Joaquim Barbosa, Renan havia dito que qualquer indicação feita com a
"digital do PT" não passaria pelo Senado. Pois passou. O governo passa a contar com uma sólida e ampla maioria de votos no
Supremo para barrar ali o que quiser. Ou o que for possível.
[tenho
em altíssima conta os comentários do Noblat, mas, espero que apesar dos
Toffoli, Barrosos, Zavascki, Fachins - para por aqui, se continuar,
cito seis ou mais e já é maioria - o Supremo Tribunal Federal não se
torne um tribunal petista.]
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