Mensagem de ontem, dia 5.
O programa
do Partido Totalitário, que emporcalhará as redes de TV nesta noite, nem
sequer toca no petrolão, que é obra sua, como foi obra sua também o
mensalão. Como a "ex-presidente" Dilma não aparece, Lula assume o
palanque, com aquele linguajar típico de populista. Haja panelaço!
O PT
liberou nesta terça-feira nas redes sociais o programa do partido que
vai ao ar nesta noite em rede nacional de televisão. Sem a participação
da presidente Dilma Rousseff, que se recusou a gravar uma mensagem, o
programa se apoia em discursos do ex-presidente Lula e do presidente
nacional da sigla, Rui Falcão, para atacar os inimigos de sempre - com
destaque para a imprensa livre - e utilizar-se de argumentos de palanque
para afirmar que o PT "ajudou a reescrever a história do Brasil".
Ignorando que tenha fornecido boa parte desses criminosos, o partido
afirma que o PT colocou "mais gente importante na cadeia por corrupção
do que nos outros governos". E, embora a sigla tenha tratado mensaleiros
condenados como "heróis do povo brasileiro", Falcão afirmou que o
partido vai expulsar da legenda qualquer petista que tenha cometido
malfeitos e for condenado pela Justiça.
Apoiado
no discurso de Lula, o partido se colocou contra o projeto que
regulamenta a terceirização no país, aprovado pela Câmara dos Deputados.
"O país não pode retornar ao que era no começo do século passado. O PT
está ao lado do trabalhador e contra a terceirização", afirmou o
ex-presidente.
Repetindo
o discurso de campanha, o partido culpou a crise mundial pelo grave
quadro econômico que o Brasil hoje atravessa - e disse que luta contra o
arrocho salarial, a inflação altíssima e o desemprego que afirma terem
caracterizado governos anteriores. Em março, a taxa de desemprego no
país ficou em 6,2%, a maior desde maio de 2011.
Em um ano, o número de desempregados cresceu 23,1%. Já o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,32% em março,
atingindo o maior nível desde fevereiro de 2003. No acumulado de doze meses, a inflação está em 8,13%, bem distante do teto da meta do Banco Central, de 6,5%.
O partido
ainda se colocou contra a redução dos direitos dos trabalhadores e
afirmou que, nas negociações sobre o pacote de arrocho do governo que
endurece a concessão de benefícios trabalhistas, como o
seguro-desemprego e o abono salarial, defende que as medidas não afetem
os mais pobres. Parte do pacote de ajuste desenhado pelo ministro
Joaquim Levy deve ser votada nesta terça-feira. O partido defendeu que
se passe a taxar as grandes fortunas e grandes heranças.
Ao tratar
do tema corrupção, o PT tomou para si os méritos do trabalho de
instituições e órgãos de Estado, como a Justiça, o Ministério Público e a
Polícia Federal. Afirmou que antes do partido não havia Leia da Ficha
Limpa e que o MP e a PF não possuíam autonomia para que a corrupção
fosse investigada.
Voltou também a demonizar o financiamento privado de
campanha, apontado pela sigla como grande causa da corrupção no país.
Defendeu o fim do financiamento empresarial e conclamou outros partidos a
"seguirem seu exemplo" - em sua campanha à reeleição, a presidente
Dilma Rousseff recebeu 294 milhões de reais de empresas.
O
presidente da sigla encerra afirmando que o partido não é conivente com a
corrupção. "Qualquer petista que cometer mal feito e ilegalidades não
continuará nos quadros do partido", diz Falcão. Não foi feita menção
direta ao escândalo do petrolão. Em nenhum momento a presidente Dilma
foi citada ou mostrada. (Veja.com).
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