Politicamente morto e nas vésperas de ir para cadeia, Lula fala mal de sua criatura ( Dilma presidente foi criação dele).
Lula sabe que corre sérios riscos de ser preso. E desabafou:
“Dilma
está no volume morto, o PT está abaixo do volume morto, e eu estou no
volume morto. Todos estão numa situação muito ruim. E olha que o PT
ainda é o melhor partido. Estamos perdendo para nós mesmos”.
“O
momento não está bom; o momento é difícil. Acabamos de fazer uma
pesquisa em Santo André e São Bernardo, e a nossa rejeição chega a 75%.
Entreguei a pesquisa para Dilma, em que nós só temos 7% de bom e ótimo”.
“Aquele
gabinete (presidencial) é uma desgraça. Não entra ninguém para dar
notícia boa. Os caras só entram para pedir alguma coisa. E como a
maioria que vai lá é gente grã-fina… Só entrou hanseniano porque eu tava
no governo, só entrou catador de papel porque eu tava no governo. Essa
coisa se perdeu”.
“Isso
não é para você desanimar, não. Isso é para você saber que a gente tem
de mudar, que a gente pode se recuperar. E entre o PT, entre eu e você,
quem tem mais capacidade de se recuperar é o governo, porque tem
iniciativa, tem recurso, tem uma máquina poderosa para poder falar,
executar, inaugurar”.
“O
governo parece um governo de mudos… Falar é uma arma sagrada. Estamos
há seis meses discutindo ajuste. Ajuste não é programa de governo. Em
vez de falar de ajuste… Depois de ajuste vem o quê? É preciso fazer as
pessoas acreditarem que o que vem pela frente é muito bom. Agora parece
que acabou o (assunto) do ajuste”.
“Gilberto
sabe do sacrifício que é a gente pedir para a companheira Dilma viajar e
falar. Porque na hora que a gente abraça, pega na mão, é outra coisa.
Política é isso, o olhar no olho, o passar a mão na cabeça, o beijo”.
“Eu fiz essa pergunta para Dilma. Companheira, você lembra qual foi a última notícia boa que demos ao Brasil? E ela não lembrava. Como nenhum ministro lembrava. Como eu tinha estado com seis senadores, e eles não lembravam. Como eu tinha estado com 16 deputados federais, e eles não lembravam. Como eu estive com a CUT, e ninguém lembrava”.
“Primeiro: inflação. Segundo: aumento da conta de água, que dobrou. Terceiro: aumento da conta de luz, que para algumas pessoas triplicou. Quarto: aumento da gasolina, do diesel, aumento do dólar, aumento das denúncias de corrupção da Lava-Jato, aquela confusão desgraçada que nós fizemos com o Fies (Financiamento Estudantil), que era uma coisa tranquila e que foram mexer e virou uma desgraceira que não tem precedente. E o anúncio do que ia mexer na pensão, na aposentadoria dos trabalhadores”.
“Tem uma frase da companheira Dilma que é sagrada: Eu não mexo no direito dos trabalhadores nem que a vaca tussa”. E mexeu. Tem outra frase, Gilberto, que é marcante, que é a frase que diz o seguinte: Eu não vou fazer ajuste, ajuste é coisa de tucano. E fez. E os tucanos sabiamente colocaram Dilma falando isso (no programa de TV do partido) e dizendo que ela mente. Era uma coisa muito forte. E fiquei muito preocupado”.
“Não acredito que tenha havido mensalão. Não acredito. Pode ter havido qualquer outra coisa, mas eu duvido que tenha havido compra de voto — disse ele, mencionando que o ex-deputado Luizinho, do PT de Santo André, não poderia ter voto comprado no mensalão porque era, na época do escândalo, em 2005, líder do governo”.
“Nós
começamos a quebrar a cara ao tratar do mensalão juridicamente. Então,
cada um contratou um advogado. Advogado muito sabido, esperto, famoso,
desfilando por aí, falando que a gente ia ganhar na Justiça. E a
imprensa condenando. Todo dia tinha uma sentença. Quando chegou o dia do
julgamento, o pessoal já estava condenado”.
“Jamais
vi o ódio que está na sociedade. Família brigando dentro de família,
companheiro do PT que não pode entrar em restaurante”.
Lula disse que Dilma deve: “ir para as ruas, botar o pé neste país, ir para a estrada” ( só se for para receber vaias…kkkk)
“A gente tem que mudar, a gente tem que se recuperar” ( tem que mudar. Precisa deixar a liberdade para ficar na cadeia. kkk)
Jorge Roriz.
Jorge Roriz.
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