(O Globo) A taxa de desemprego no país foi de 8% no trimestre encerrado em
abril, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, que apresenta dados para todos os estados brasileiros, e
foi divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. Esta taxa se iguala à do
primeiro trimestre de 2013, até então a mais alta da série, iniciada em
2012.
A taxa subiu em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi
de 7,1%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o desemprego
também subiu. De novembro a janeiro, a parcela de desempregados na força
de trabalho ficou em 6,8%.
No primeiro trimestre, a parcela de desempregados na força de
trabalho ficara em 7,9%, superior aos 6,5% do último trimestre do ano
passado e os 7,2% do início de 2014. De fevereiro a abril, o rendimento real caiu 0,5% em relação ao
trimestre de novembro a janeiro e 0,4% a igual período de 2014. O
rendimento ficou em R$ 1.855
O número de desempregados subiu 14% em relação ao mesmo período do
ano anterior, na maior alta de toda a série. Hoje, no Brasil, são 8,029
milhões. É o maior número desde o primeiro trimestre de 2012. Frente ao
trimestre que foi de novembro a fevereiro, a alta foi de 18,7%. Em
apenas um trimestre, mais de 1,3 milhão de pessoas procurou emprego.
Quase meio milhão de trabalhadores com carteira de trabalho assinada
perdeu o emprego entre fevereiro e abril deste ano. Foram 415 mil
demitidos. Entre os sem carteira, a queda no emprego foi de 3,5%, com a
dispensa de 372 mil trabalhadores. Houve alta na população que trabalha por conta própria, ocupações que
costumam ser mais precárias, de 141 mil pessoas, frente a novembro e
dezembro, e de 1,024 milhão, em relação ao período de fevereiro a abril
do ano passado.
O mercado de trabalho vem piorando este ano. A Pesquisa Mensal de
Emprego, também do IBGE, restrita a seis grandes metrópoles (Rio, São
Paulo, Porto Alegre, Salvador, Recife e Belo Horizonte), mostrou alta
expressiva do desemprego neste início de ano. Em abril, ficou em 6,4%,
alta significativa frente aos 4,9% de um ano atrás.
Mais 384 mil trabalhadores ficaram desempregados em um ano, subida de 32,7% frente a 2014, somente nas grandes metrópoles. Com a economia em recessão, a tendência é que o mercado de trabalho continue a piorar ao longo do ano. Em abril, foram cortadas cem mil vagas com carteira de trabalho assinada.
Mais 384 mil trabalhadores ficaram desempregados em um ano, subida de 32,7% frente a 2014, somente nas grandes metrópoles. Com a economia em recessão, a tendência é que o mercado de trabalho continue a piorar ao longo do ano. Em abril, foram cortadas cem mil vagas com carteira de trabalho assinada.
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