Sem medo de ser feliz, a emissora da
família Marinho resolveu abraçar como nunca o discurso de ódio contra
conservadores.
No programa do Fantástico deste domingo, 5/7, usaram o
tradicional quadro embusteiro onde eles colocam atores contracenando
para conseguir alguma reação da plateia.
O truque é essencialmente o seguinte:
- Um comportamento conservador é escolhido
- Atores representam a execução deste comportamento conservador, em uma visão exagerada e ridícula
- Trauseuntes repelem esta atuação conservadora
- O público é levado a acreditar que todos os conservadores agem exatamente da forma vista em (2)
- Ao mesmo tempo, o público é induzido a crer que os trauseuntes “cagando regra” em (3) repelem (2)
Nota-se que, para o truque funcionar,
todas as posições conservadoras são apresentadas em uma instância da
falácia do espantalho.
Sou liberal, e, como tal, defensor do
direito de gays defenderem a união civil e até mesmo a adoção de crianças.
Pela mesma ética liberal, defendo que os conservadores (e até alguns
liberais) possam ter o direito de fazer críticas tanto à união civil de
gays como à adoção de crianças.
Há razões para que algumas pessoas
heterossexuais critiquem este comportamento homossexual. Por exemplo,
crianças são normalmente adotadas por casais heterossexuais, em geral,
para preencher um vazio. Na maioria das vezes, isto ocorre porque a
mulher não conseguiu ter um filho pelos meios naturais.
O homem, por sua
vez, quer apenas passar seus genes para a frente, portanto não teria
nenhum interesse instintivo por adoção. Isto não é nada mais que a
psicologia evolutiva. A adoção de uma criança, por um homem casado, no
máximo é uma concessão à sua mulher, pois nenhum gene seu estará sendo
transmitido. Decerto tal orquestração psicológica é feita para aumentar o
potencial de um casal proteger sua própria prole.
O fato é que achar estranho ver dois gays
(homens) adotando uma criança não implica em alguém ser preconceituoso.
Ao contrário, é uma reação normal esperada de qualquer pessoa que tenha
estudado a psicologia evolutiva e as orquestrações não apenas daquilo
que os heterossexuais gostam ou se acostumam a gostar, como também
daquilo que tendem a não gostar ou ao menos achar estranho.
É claro que
alguém possa conhecer psicologia evolutiva e dizer para si próprio: “Sei
que acho estranho ver dois homens adotando uma criança, mas, em
público, sempre agirei como se isso fosse normal”. Em geral é apenas
fingimento.
A Rede Globo não entende assim. Para ela,
qualquer pessoa que manifeste uma sensação normalíssima, mas não
aderente ao politicamente correto, merece ser objeto de demonização. Uma
prova disso é que a maioria dos heterossexuais efetivamente acha
estranho ver uma criança ser adotada por dois gays. Porém, praticamente
nenhuma dessas pessoas faz escândalo e baixaria, “cagando regra” para
cima dos gays que tenham adotado uma criança. Se isto não é comum, por
que a emissora fingiu sê-lo?
Eles agiram assim pois sabem que podem
praticar instâncias monstruosas de engenharia social e discriminação
inaceitável contra a maioria dos heterossexuais, sempre em nome do
politicamente correto, que os habilita a tal violência ética. Justiça
seria feita se sofressem boicote, pois, neste domingo, todos os
heterossexuais que discordam da adoção de crianças por gays, mas jamais
praticaram coação psicológica contra quem os adotou, foram vítimas de um
preconceito inacreditável e inaceitável.
Transformar a discordância
conservadora diante da adoção de crianças em gritaria e baixaria é uma
desonestidade intelectual tão grande quanto aquela que alguns
conservadores praticam ao dizer que o homossexualismo deriva em
pedofilia. Entretanto, a Rede Globo está sendo aqui questionada por ter
endossado primeiro truque, não o segundo.
Que “ética” é essa que depende de
discurso de ódio contra pessoas conservadoras que apenas exercem seu
direito de ter uma opinião em relação à adoção de crianças?
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