A
caterva partidária que vive à sombra do governo (e dos cofres estatais)
se reúne hoje para tentar salvar o governo Dilma. Em vão. Ninguém salva
um governo que tem apenas 9 por cento de apoio da população. Saí daí,
Dilma. Faça um favor ao Brasil: renuncie.
Preocupados
com o agravamento da crise política, partidos governistas vão propor um
pacto pela governabilidade entre os aliados na reunião do conselho
político marcada para a noite desta segunda-feira, 6, no Palácio do
Alvorada. Apesar da crise do governo Dilma Rousseff, líderes partidários
acusam a oposição de criar um ambiente de instabilidade e dizem que o
momento é de responsabilidade com o País. "Não podemos incentivar o
golpe", disse o líder do PP na Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte
(PE).
Vislumbrando
um cenário econômico pior nos próximos meses, os líderes falam em
"união" e pregam uma atuação conjunta. "É mais que um pacto, tem de ter
um trabalho (de articulação) coordenado", defendeu o presidente do PSD,
GuRalilherme Campos.
Os líderes PP, PR e PSD condenaram a aproximação entre peemedebistas e
tucanos em um possível governo comandado pelo vice-presidente Michel
Temer. Ao contrário do que afirmam alguns caciques do PMDB, os líderes
dizem que Temer demonstra estar confortável na articulação política e
que é preciso união para superar o período de crise de credibilidade do
governo. "Não podemos colocar mais dúvida na governabilidade, não
podemos querer desestabilizar o Brasil. Temos de ter responsabilidade
com nossas atitudes. Não podemos jogar no quanto pior melhor", destacou
Fonte.
Sobre a possibilidade de a crise gerar um pedido de impeachment, os
líderes dizem que o quadro do momento não legitima um possível
afastamento da presidente Dilma Rousseff. "Somos contrários ao
impeachment. Eleição se dá a cada quatro anos", disse o líder do PR na
Câmara, Maurício Quintella Lessa (AL). "Temos uma posição legalista.
Quem disputou e ganhou (a eleição) tem um mandato a cumprir", concordou
Campos.
Na avaliação dos líderes, é preciso aguardar os desdobramentos dos
processos que tramitam contra o governo Dilma em outras esferas (como a
análise das pedaladas fiscais em curso no Tribunal de Contas da União e
da ação por abuso de poder econômico e político no Tribunal Superior
Eleitoral) para só depois reavaliar o apoio ao Palácio do Planalto.
"Hoje não tem fato concreto (pelo impeachment), mas se o fato surgir, aí
é outro quadro", afirmou Quintella. (Estadão).
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