A
percepção dos consumidores sobre a economia do país é a pior desde
2005. O índice de confiança do consumidor (ICC) atingiu recorde negativo
pela quarta vez no ano. Enquanto Dilma estiver aí, a tendência é que
tudo se torne ainda pior. Não é à toa que 63 por cento da população
defende o impeachment da presidente:
A
confiança do consumidor recuou 2,3% em julho ante junho, na série com
ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na comparação de julho ante igual mês de 2014, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 23,1%. Com
o resultado, o ICC fechou o mês em 82 pontos, o menor nível da série
histórica, iniciada em setembro de 2005. Em junho, o indicador havia
cedido 1,4% contra maio.
"Pela quarta vez neste ano o ICC atinge recorde negativo. A queda em
2015 vem sendo influenciada pela insatisfação e pessimismo em relação à
economia e piora da situação financeira das famílias. Diante deste
cenário, o consumidor retrai seu ímpeto para compras, diminuindo ainda
mais as possibilidades de melhora do cenário atual", avalia a economista
Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota oficial.
O resultado de julho foi influenciado tanto pela avaliação sobre o
momento atual quanto pela perspectiva sobre o futuro. O Índice de
Situação Atual (ISA) caiu 5,2%, ao passar de 75,1 pontos para 71,2
pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,4%, de 88,6 pontos
para 86,5 pontos, interrompendo uma sequência de três altas seguidas.
O índice, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200
pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do
consumidor), está desde novembro do ano passado abaixo dos 100 pontos,
zona considerada desfavorável. A média histórica, que considera os
últimos cinco anos, está em 111,6 pontos.
Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil
domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1 e 21 deste
mês.
Pessimismo. A
percepção dos consumidores sobre a situação atual da economia é a pior
desde setembro de 2005, quando teve início a série da Sondagem do
Consumidor. Ao todo, 82,7% das famílias apontam que a situação da
economia é ruim. Outros 12,2% acham que o momento é "normal", o nível
mais baixo da última década, apontou a instituição.
O indicador que mede a percepção sobre a situação atual da economia
segue uma tendência de queda desde o ano passado, que se aprofundou em
2015. Depois de uma leve alta em maio, o índice voltou a mergulhar nos
últimos dois meses. Só em julho, o recuo foi de 10,8% em relação ao mês
anterior. Apenas 5,1% dos consumidores avaliam que a situação está boa.
Diante do quadro atual, os consumidores não veem motivos para ir às
compras. A intenção de consumo de bens duráveis caiu 3,5%, para 69,7
pontos. Trata-se do menor nível desde outubro de 2005, quando estava em
68,4 pontos. O quesito foi o que mais pesou para a queda nas
expectativas em julho.Segundo a FGV, a proporção de consumidores que
projetam maiores gastos passou de 13,3% para 13,2% na passagem do mês.
Já a parcela dos que preveem diminuir os gastos subiu de 41,1% para
43,5% em julho. (Estadão).
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