segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Intervenção militar já?



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Chagas

Caros amigos: Não é errado incluir a Intervenção Militar no rol dos recursos
disponíveis para a reversão do caos político, econômico, social e moral que 
se tem alastrado pelo Brasil, principalmente, a partir da chegada do Partido 
dos Trabalhadores ao poder. 

No entanto, é um grave equívoco incluir como primeiro o que deve ser o 
último dos recursos da Nação. No jargão da Artilharia, “a ultima ratio regis” , 
ou seja, o último recurso dos reis, ou, ainda, a “reserva” da sociedade.

É erro tático e estratégico atuar sem reserva ou empregá-la prematuramente!
Qualquer operação militar ou empreendimento deve ser planejado de forma a
ser concluído com sucesso sem a necessidade de empregar a reserva, ou seja,
com sobra de recursos ou de poder de combate. 

Manter uma reserva é tão importante nas operações que a sua existência e
capacidade devem ser guardadas no mais absoluto sigilo, porquanto a sua
neutralização é objetivo fundamental do planejamento do inimigo. 
Induzir ao emprego prematuro da reserva faz parte das intenções de qualquer
planejador, pois retira do adversário a capacidade de manobrar e de reagir, 
aumentando a probabilidade de sucesso do seu plano original. 

É, portanto, equivocada a postura de quem só enxerga no emprego imediato
do último recurso a solução para a crise e para a ameaça, assim como também
é erro grave desconsiderar no planejamento a existência de uma reserva em 
condições de contribuir, no mínimo, para a manutenção da conquista dos 
objetivos. 

Na Venezuela, o “comandante” Chavez iniciou seu movimento pela cooptação
das Forças Armadas para o seu projeto bolivariano, tirando da sociedade o 
que seria, naturalmente, o seu derradeiro recurso. O mesmo, aparentemente, 
aconteceu no Equador. 

Os Kirchner, na Argentina, sabendo da inviabilidade de cooptar as FFAA, 
trataram de demonizá-las e desmoralizá-las até que perdessem seu poder
de combate e, principalmente, a confiança e o respeito da sociedade. 

No Brasil, desde o fim do Regime Militar, a esquerda vem tentando implementar, 
em vão, uma estratégia do tipo “kirchneriana”, conseguindo nada mais do que 
aumentar o prestígio das FFAA  perante a sociedade e a confiança desta na 
capacidade dos militares para intervir, quando e se for necessário, e assegurar
o respeito à sua vontade, à soberania e à inviolabilidade do território nacional. 

O próprio governo petista, que tudo fez para deslustrar a imagem dos militares, 
tornou-se dependente do seu apoio para fazer as poucas coias que deram certo
em seu governo, tais como: projetar o poder militar do Brasil em Operações de
Paz no exterior; mostrar ao crime organizado que não há lugar neste País em 
que o Estado não possa impor sua soberania; assegurar a segurança necessária 
aos grande eventos internacionais ocorridos no Brasil; fazer chegar água , 
sem politicagem e roubalheira,  aos brasileiros atingidos pela seca e pela inépcia
dos governos em todos os níveis; e, para não alongar mais, a "Transposição 
do Rio São Francisco", pois, como se sabe, o Exército Brasileiro 
(não o do Stédile) foi o único a cumprir sua missão.  

A Sociedade brasileira tem, portanto, em sua composição de meios, uma reserva 
preservada, comprometida com os interesses do Estado, não contaminada pelo 
bolivarianismo e suficientemente forte para cumprir sua missão constitucional e 
seu compromisso com a democracia. 

Essa mesma Sociedade, diferentemente do partido corruPTo, tem seu Plano B 
nas suas Forças Armadas, é a contingência que os atuais donos do poder j
jamais contarão para se perpetuar no poder. 

Empregá-la prematura ou desnecessariamente é um erro estratégico tão grave
 quanto ignorar a sua capacidade, desconsiderar o seu comprometimento 
constitucional com a lei e a ordem e desacreditar da sua subordinação ao
 interesse nacional.

= Nenhuma ditadura serve para o Brasil =


Paulo Chagas é General de Brigada, na reserva.

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