Nunca é demais repetir:
O uso do Ministério da Saúde como moeda de troca para manter a base aliada mostra que Dilma Rousseff negocia até a saúde da população brasileira para se salvar do impeachment.
A mulher sapiens do PT aprendeu com seu padrinho Lula, como lembra o editorial de hoje do Globo.
Em 2005, no estouro do mensalão, o Brahma fez o mesmo, e reservou para o PMDB a pasta que é o “sonho de consumo de políticos, pelos bilhões que lá circulam e pelas inúmeras possibilidades de exercitar o clientelismo por meio de convênios com prefeitos e governadores”.
“Mas há uma diferença decisiva entre os dois momentos: em 2005, a economia decolava no vácuo do ajuste ‘neoliberal’ patrocinado por Lula a partir de 2003 e na onda de crescimento sincronizado mundial, a reboque da China, voraz importadora de commodities brasileiras.
Lula voou em céu de brigadeiro e navegou em mar de almirante. Já hoje, por uma visão ‘desenvolvimentista’ delirante da economia compartilhada pela dupla Lula-Dilma, o Brasil inova em sua História: quebrou em moeda nacional, e não por falta de divisas, como sempre aconteceu.”
Em ambos os casos, no entanto, peemedebistas fizeram jus ao fisiologismo do partido, em detrimento da democracia e economia brasileiras, ambas vilipendiadas pelo PT.
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, é quem está à frente das negociações com o governo desta vez, a despeito do suposto apelo em sentido contrário por parte de Eduardo Cunha, a quem teria dito, segundo outra matéria do jornal: “Você é oposição; eu, não. Você quer o impeachment; eu, não”.
Se é jogo de cena dos dois, e se estão atuando juntos, o tempo dirá, mas o fato, segundo a Folha, é que Dilma acionou a dupla de aliados peemedebistas do Rio, Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes, para convencer Picciani de aceitar apenas a Saúde, com o aceno de haver mais espaço no futuro.
Sim: enquanto o PMDB adota um discurso de oposição na TV, a bancada do partido tenta cobrar mais caro o seu apoio ao governo, até porque, a essa altura, nem um E.T. confiaria em aceno de Dilma Rousseff.
Enquanto o Brasil sangra com o dólar, a inflação e o desemprego nas alturas, essa gente alheia a saúde nacional ajuda a manter o câncer petista ativo e atuante no país.
Como diz aquele inesquecível cartaz:
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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