A
Guarda Costeira da Grécia divulgou ontem uma apreensão que coloca o
governo de Evo Morales no centro da crise humanitária que já levou à
morte de mais de 330.000 pessoas na guerra civil da Síria e gerou um
saldo de cerca de 4 milhões de refugiados internacionais. As autoridades
gregas aprenderam no Mediterrâneo um navio de bandeira boliviana
carregado de armas que seriam entregues para os extremistas do Estado
Islâmico (EI).
O
carregamento de 5.000 armas, principalmente fuzis, e cerca de meio
milhão de cartuchos estava escondido em catorze contêineres embarcados
na Turquia e que tinham como destino a cidade Líbia de Misurata. A Líbia
está sob embargo da Organização das Nações Unidas para o comércio de
armas, pelo fato de o país ser uma das áreas sob controle dos
extremistas dos EI.
O navio
Haddad 1, partiu da cidade egípcia de Alexandria e, entre 17 e 29 de
agosto, passou pelas cidades de Famagusta, no Chipre, e Iskenderun, na
Turquia. As autoridades turcas suspeitam que, antes de ser carregado com
armas no porto turco, o cargueiro boliviano tenha sido usado para
transportar refugiados do Egito para Turquia.
Registrado sob a responsabilidade do Ministério da Defesa da Bolívia,
o navio Haddad 1 tem seus movimentos e registros de carga sob
responsabilidade do governo de Evo Morales. Por lei, os armadores
precisam reportar as rotas e os despachos de carga às autoridades de La
Paz.
Como a embarcação está envolvida em uma violação dos embargos da
ONU, o governo de Evo Morales será obrigado a prestar contas sobre o uso
de um navio com a bandeira de seu país em um caso de tráfico de armas e
em outro possível crime: o de tráfico de pessoas. Do site da revista Veja
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