Mauro
Iasi foi candidato pelo PCB à Presidência da República em 2014. O PCB é
um micropartido sem nenhuma importância, como Iasi, um Zé-Ninguém.
Formado em história pela PUC-SP, com mestrado e doutorado em sociologia
na USP, é professor-adjunto da Escola de Serviço Social da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e já presidiu a associação de
professores da instituição. A Wikipedia diz que ele também é poeta. O
nome do seu livro é “Meta Amor Fases”. O trocadalho já o faz merecedor
de um paredão de carilhos e denuncia seu calibre intelectual.
Pois
não é que este senhor, num debate na UFRJ, defendeu abertamente o
fuzilamento de seus adversários? E ele deixou claro: não adiantaria o
sujeito ser bom. Quem não comungasse de sua cartilha, bala! O vídeo está
fazendo algum barulho na Internet. Vejam. Volto em seguida.
Retomo
Dada a sua idade, Iasi nunca participou de luta armada. Tem cara de que borra a cueca ao primeiro tiro. Eu tenho certeza absoluta de que nem Marx esse sujeito leu, ou sua delinquência intelectual não seria tão saliente.
Dada a sua idade, Iasi nunca participou de luta armada. Tem cara de que borra a cueca ao primeiro tiro. Eu tenho certeza absoluta de que nem Marx esse sujeito leu, ou sua delinquência intelectual não seria tão saliente.
Querem
um exemplo? Ele diz: “Enfrentaremos os conservadores radicalizando a
luta de classes”. Ora, em termos marxistas, você radicaliza a luta
revolucionária, não a “luta de classes”, que não é um conceito de valor
instrumental, mas a denominação de uma imanência do conflito de
interesses entre burguesia e proletariado.
Se
Iasi estivesse certo e se fosse verdade o que dizem as esquerdas, então
Joaquim Levy é um aliado dos comunistas porque, segundo esses
psicopatas, o ministro tira dos pobres para dar os ricos, o que, por
óbvio, em termos iasianos — e asininos —, “radicaliza a luta de
classes”.
Mas o
melhor de sua performance de coxinha vermelho borra-cueca vem quando
ele prega o fuzilamento dos adversários, com boçalidade característica.
Esse bobalhão não mata ninguém, não. É só mais um burguês do capital alheio, pendurado nas tetas do Estado, que usa o serviço público para fazer proselitismo ideológico e, quiçá, ganhar dinheiro sem trabalhar, uma vez que já foi sindicalista — e ainda é, não sei.
Sua
única saliência é a ignorância, como evidencia a confusão que ele faz
entre luta de classes e luta revolucionaria. Falando a cretinos que
leram ainda menos do que ele, pode passar por sábio.
Eu não me preocupo com seu discurso, já que os seguidores do homem não lotaria uma Kombi. O que me choca é outra coisa.
Ele
fala no auditório da UFRJ, relativamente tomado. Nota-se que um bom
número de pessoas — que também se esconderiam debaixo do colchão ao
primeiro tiro — o aplaude.
Não,
meu queridos! O risco não é a gente vir a ter luta armada no Brasil. O
risco é toda aquela gente que aplaudiu sair do auditório andando de
quatro e depois se acasalar atrás da primeira moita.
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