Não há espaço para outras discussões, entre as tentativas da
oposição de não deixar morrer a possibilidade de o Congresso examinar o
impeachment da presidente Dilma, assim como sobre o julgamento do
deputado Eduardo Cunha no Conselho de Ética.
A pauta política parece estar completa, em termos de importância. Lugar não há para mais nada. É possível que o presidente da Câmara, se sentir viabilizar-se a hipótese de perder o mandato, venha a dar o troco, aceitando iniciar a tramitação do pedido de afastamento da presidente. Esta semana poderão ter início os dois processos, ainda que seu desfecho fique para bem mais tarde, no ano que vem.
A presidente e o parlamentar fluminense confiam em que faltarão votos, no plenário da Câmara, tanto para o impeachment quanto para a cassação.
O diabo é que enquanto não se definem as dúvidas, o Congresso irá comemorar a vinda do Papai Noel, depois as férias protocolares de janeiro, em seguida o Carnaval e provavelmente a Semana Santa sem outras atividades de vulto.
Salvo engano, nada de votações do ajuste fiscal e de outras reformas tidas como imprescindíveis para o país livrar-se do sufoco econômico. Com Joaquim Levy ou com Henrique Meirelles na Fazenda, nenhum dos dois disporá de mecanismos suficientes para fazer figuração na fantasia da recuperação do crescimento.
A pergunta que se faz é se aguentaremos mais um semestre caindo nas profundezas.
Poderemos assistir o fenômeno inusitado da fusão entre as duas questões. A crise do desemprego, do aumento de impostos e do custo de vida, mais a redução de direitos trabalhistas, influenciarão os deputados e depois os senadores na preservação dos mandatos de Madame e do presidente da Câmara? Ou será o contrário?
A conclusão, por enquanto, é de que menos voltado para seus reais problemas o país não poderia estar. Avolumam-se os pontos de estrangulamento na economia, na política, no plano social e até na ética, com a população cada vez mais impaciente e indignada. Candidata-se, o Brasil, à medalha de ouro da insolvência.
QUEM PAGA A CONTA?
A mídia não se cansa de divulgar o avanço nas obras para a realização das Olimpíadas do ano que vem. No meio de tanta perplexidade, surge uma nota positiva: estamos cumprindo o calendário.
Fica, no entanto, uma pergunta: quem está pagando os custos estratosféricos da infraestrutura do maior certame esportivo do planeta?
Com certeza não serão as empreiteiras, com a corda no pescoço. Certamente não o BNDES, sob vigilância permanente. Os bancos privados poderão estar investindo, mas jamais os seus lucros. Só pode ser o governo...
A pauta política parece estar completa, em termos de importância. Lugar não há para mais nada. É possível que o presidente da Câmara, se sentir viabilizar-se a hipótese de perder o mandato, venha a dar o troco, aceitando iniciar a tramitação do pedido de afastamento da presidente. Esta semana poderão ter início os dois processos, ainda que seu desfecho fique para bem mais tarde, no ano que vem.
A presidente e o parlamentar fluminense confiam em que faltarão votos, no plenário da Câmara, tanto para o impeachment quanto para a cassação.
O diabo é que enquanto não se definem as dúvidas, o Congresso irá comemorar a vinda do Papai Noel, depois as férias protocolares de janeiro, em seguida o Carnaval e provavelmente a Semana Santa sem outras atividades de vulto.
Salvo engano, nada de votações do ajuste fiscal e de outras reformas tidas como imprescindíveis para o país livrar-se do sufoco econômico. Com Joaquim Levy ou com Henrique Meirelles na Fazenda, nenhum dos dois disporá de mecanismos suficientes para fazer figuração na fantasia da recuperação do crescimento.
A pergunta que se faz é se aguentaremos mais um semestre caindo nas profundezas.
Poderemos assistir o fenômeno inusitado da fusão entre as duas questões. A crise do desemprego, do aumento de impostos e do custo de vida, mais a redução de direitos trabalhistas, influenciarão os deputados e depois os senadores na preservação dos mandatos de Madame e do presidente da Câmara? Ou será o contrário?
A conclusão, por enquanto, é de que menos voltado para seus reais problemas o país não poderia estar. Avolumam-se os pontos de estrangulamento na economia, na política, no plano social e até na ética, com a população cada vez mais impaciente e indignada. Candidata-se, o Brasil, à medalha de ouro da insolvência.
QUEM PAGA A CONTA?
A mídia não se cansa de divulgar o avanço nas obras para a realização das Olimpíadas do ano que vem. No meio de tanta perplexidade, surge uma nota positiva: estamos cumprindo o calendário.
Fica, no entanto, uma pergunta: quem está pagando os custos estratosféricos da infraestrutura do maior certame esportivo do planeta?
Com certeza não serão as empreiteiras, com a corda no pescoço. Certamente não o BNDES, sob vigilância permanente. Os bancos privados poderão estar investindo, mas jamais os seus lucros. Só pode ser o governo...
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