segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Dilma diz que respeita opinião de Lula, mas Levy 'fica onde está'


Presidente classificou como 'nocivos' os rumores sobre permanência ou não do ministro da Fazenda no cargo

Antália, Turquia - A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta segunda-feira, 16, que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, "fica onde está" e classificou os rumores sobre a permanência dele do governo como "nocivos".


Ao ser questionada se concordava com as avaliações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o ministro deveria deixar o cargo, Dilma não escondeu que há diferenças. "Eu não só gosto muito do presidente Lula, como o respeito. Mas não concordamos e não temos de concordar com todas as avaliações."


Após a participação na reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20, Dilma negou que tenha intenções de retirar Levy do governo. "Eu considero o ministro Levy sobretudo um grande servidor público. Ele tem compromisso com o País, com a estabilidade do País", disse. "Acho extremamente nocivas as especulações quanto ao ministro que me obrigam a, de forma sistemática, reforçar que o ministro fica onde está".


Dilma disse aos jornalistas que "não tem de concordar em tudo" com as pessoas que gosta imensamente. "Até porque nós somos adultos, e cada um tem uma forma de encarar a realidade", disse aos jornalistas.



Apesar de reconhecer as diferenças, Dilma disse que "no geral, a gente (ela e Lula) concorda" com a maioria dos temas.


Com a acusação de que Levy usa um remédio muito amargo para a economia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é quem estaria liderando a pressão contra o ministro.


Lula defende que a solução seria o substituir por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, e ainda teria dito em um jantar que Levy teria "prazo de validade".

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