terça-feira, 10 de novembro de 2015

Vamos reflorestar o planeta!


Eurico Borba
Observando destruição de uma praça para permitir a melhor circulação dos carros, resolvi juntar-me a um já grande numero de pessoas e grupos que, no Brasil e no resto do mundo, plantam arvores e defendem as florestas.


 Peço ajuda para divulgar esta idéia, pois o Brasil e o Planeta Terra precisam se reflorestar, tal a devastação que sofreram nas ultimas décadas. Não basta o ato do plantio – é preciso criar uma sólida cultura de preservação e de recuperação da devastação. As escolas precisam desenvolver com as crianças esta idéia de amor, de proteção da natureza, sua importância para a preservação da vida.

As perigosas mudanças climáticas são o resultado de prática predatória há décadas. O clima, a água potável, são fatores decisivos para a continuidade da vida: – as arvores, as plantas, fixam o dióxido de carbono da atmosfera, (cujo excesso é responsável, inclusive, pelo aquecimento da atmosfera), e liberam oxigênio no processo natural da fotossíntese.


Todos sabem disso, mas fingem que não percebem o que está acontecendo para que seus estilos de vida não sejam prejudicados, ou pensam que os ambientalistas estão exagerando. Parecem esquecer que nossas filhas e filhos, netas e netos, é que irão sofrer com as conseqüências do nosso desatino.


O Papa Francisco, com sua inquestionável autoridade moral, em maio de 2015, na Encíclica Laudato Si, aborda a questão chamando a atenção para os sérios males que poderão advir para a humanidade se não forem tomadas medidas, urgentes e eficazes, para reverter a situação ambiental criada pela ação do homem.


Em poucas semanas, os governos do mundo vão se reunir em Paris, depois do Rio de Janeiro em 1992 e de Kyoto em 1997, para tentar mais um grande acordo para salvar o Planeta Terra. Se os povos não estiverem conscientizados e organizados para fazer valer o que é exigido pela humanidade – a imediata redução drástica da poluição e o uso racional do meio ambiente - vamos nos encaminhar, no médio prazo, para uma grande catástrofe humana.

Os dinossauros duraram duzentos milhões de anos, o homo sapiens sapiens, inteligente e livre..., talvez não dure cinquenta mil, se as transformações climáticas, provocadas pela ganância e estupidez humanas, continuarem no ritmo de degradação que atualmente apresentam.

Façamos alguma coisa expressiva e impactante, para ajudar na resolução de uma parte da questão. Não vamos ficar parados esperando que políticos medíocres ou corruptos, na sua maioria, (que não enxergam um palmo adiante do nariz), decidam a nossa vida futura.


Plantemos árvores, plantas, flores, cultivemos jardins e voltemos a nos extasiar com a beleza tranqüila da natureza, que inspira o amor, a poesia e a paz permitindo a vida. Chega de só discursos e declarações. Façamos isso com bastante estardalhaço para que sejamos percebidos, ouvidos e temidos politicamente. Seria uma prova da nossa organização e consciência do problema: - nossa mensagem, determinada de fazer com que coisas concretas e competentes sejam realizadas.

Plantemos nos fundos dos ainda existentes quintais, nos jardins, nas calçadas sem arvores, nas praças despovoadas de arborização. Lembrei dos excursionistas, escoteiros, escoteiras e bandeirantes que podem levar nas suas atividades, cada um, uma muda para plantar nas áreas desmatadas que visitam e isso em todo Brasil. Se não for possível plantar uma árvore cultivemos belos jardins ou jarros com plantas nas salas e varandas.

Se aprovaram e gostaram da idéia, por favor, divulguem e plantem uma árvore. Vamos nos juntar a esses heróis anônimos que já estão aí plantando, convencendo, lutando por leis adequadas nos municípios e estados. Não temos mais tempo para gastar com debates tolos e propostas demagógicas.

Vamos agir já: solidários, pacíficos, persistentes e conscientes.

Eurico de Andrade Neves Borba, 75, escritor, ex professor e ex Vice Reitor da PUC RIO, ex Conselheiro da Secretaria Especial do Meio Ambiente e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ex Presidente do IBGE, mora em Ana Rech, (Caxias do Sul).

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