O vice Michel Temer e
seus aliados mais próximos trabalham com a certeza de que o Palácio do
Planalto estaria informado desde a semana passada sobre a Operação
Catilinária, deflagrada ontem, com o cumprimento de 53 mandados de busca
e apreensão. Assessores de Dilma comemoravam no fim de semana a
iminente “ação contra Eduardo Cunha”, por provocação da
Procuradoria-Geral da República.
Para a turma de
Temer, Dilma sabia quando, na quinta (10), demitiu Fábio Cleto,
vice-presidente da Caixa, um dos alvos da PF, ontem.
Apesar de saber da
operação, como acha o PMDB, Dilma não demitiu o ministro Celso Pansera
(Ciência), ligado a Cunha como Fábio Cleto.
Temer não se
manifestou sobre a desconfiança de que o Planalto sabia da operação da
PF, mas seus amigos garantem que é o que ele pensa.
O vice discutiu por
horas eventual nota oficial apoiando a investigação da PF, mas recuou.
Concluiu – só ele – que o partido não foi atingido.
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Sujeito a pena de
prisão superior a 19 anos, porque as sentenças do juiz federal Sergio
Moro são sempre muito severas, o fazendeiro José Carlos Bumlai voltou a
ser pressionado pela família a considerar um acordo de delação premiada,
a fim de tentar diminuir a sentença. Moro não pegou leve quando julgou
crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção ativa e
passiva, na Operação Lava Jato.
O temor dos
familiares de Bumlai tem a ver sobretudo com questões afetivas, porque
seu filho e sua nora acabaram metidos no rolo.
Em seu depoimento,
Bumlai isentou o amigo Lula, mas, se fizer mesmo acordo de delação, terá
de contar tudo o que sabe. Aí a casa cai.
Com o patriarca e o
filho presos, os Bumlai temem a destruição da família e dos seus
negócios, mais importantes que a amizade a Lula
O levantamento do
Instituto Paraná Pesquisas para o site Diário do Poder, indicando que
Dilma tem a repulsa de 83,8% no Estado, fará o governador Pezão e o
prefeito Paes repensar o apoio extremado a ela.
Já a pesquisa
nacional pelo Ibope, divulgado nesta terça (15), mostrou que só 9% dos
eleitores aprovam o governo Dilma, 70% a rejeitam e espantosos 59,6% dos
brasileiros querem o impeachment dela.
Nem o PCdoB acredita
em vitória na ação que pede a nulidade do impeachment de Dilma, no
Supremo Tribunal Federal. Técnicos do STF recomendam a rejeição. A
tendência seria manter até o voto secreto.
O Banco do Brasil
dificulta a remessa de dados bancários de agências de publicidade
ligadas ao PT. A instituição retificou as informações ao menos cinco
vezes, sempre com dados incompletos e imprecisos.
O sub-relator da CPI
do BNDES, deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO), descobriu que gastos com
propaganda do banco chegaram a R$ 6,5 milhões em setembro. Baldy quer a
prorrogação da CPI por 60 dias.
O presidente da GOL,
Paulo Kalinoff, confirmou ontem ao governador Renan Filho, que a empresa
inicia em março o trecho Maceió-Buenos Aires, primeiro voo
internacional de empresa brasileira em Alagoas.
Bumlai obteve R$12
milhões do banco Schahin para a campanha de Lula. A Petrobras,
subordinada a Lula, recebeu ordem para dar um contrato bilionário a
Schahin como pagamento do empréstimo. E Lula não é investigado?!
Após assaltar um
ônibus, em Brasília, o ladrão Gabriel André de Carvalho Pereira, 18,
pulou pela janela e deixou para trás seu RG nº 3.316.381. “Assim, a
investigação fica sem graça”, queixou-se o delegado Miguel Lucena,
responsável pelo inquérito.
No final de sua
mensagem de cumprimento de aniversário a Dilma, o deputado Fernando
Francischini (SD-PR) desejou “feliz impeachment”.
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