quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Coluna Cláudio Humberto


O vice Michel Temer e seus aliados mais próximos trabalham com a certeza de que o Palácio do Planalto estaria informado desde a semana passada sobre a Operação Catilinária, deflagrada ontem, com o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão. Assessores de Dilma comemoravam no fim de semana a iminente “ação contra Eduardo Cunha”, por provocação da Procuradoria-Geral da República.
Para a turma de Temer, Dilma sabia quando, na quinta (10), demitiu Fábio Cleto, vice-presidente da Caixa, um dos alvos da PF, ontem.
Apesar de saber da operação, como acha o PMDB, Dilma não demitiu o ministro Celso Pansera (Ciência), ligado a Cunha como Fábio Cleto.
Temer não se manifestou sobre a desconfiança de que o Planalto sabia da operação da PF, mas seus amigos garantem que é o que ele pensa.
O vice discutiu por horas eventual nota oficial apoiando a investigação da PF, mas recuou. Concluiu – só ele – que o partido não foi atingido.
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Sujeito a pena de prisão superior a 19 anos, porque as sentenças do juiz federal Sergio Moro são sempre muito severas, o fazendeiro José Carlos Bumlai voltou a ser pressionado pela família a considerar um acordo de delação premiada, a fim de tentar diminuir a sentença. Moro não pegou leve quando julgou crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção ativa e passiva, na Operação Lava Jato.
O temor dos familiares de Bumlai tem a ver sobretudo com questões afetivas, porque seu filho e sua nora acabaram metidos no rolo.
Em seu depoimento, Bumlai isentou o amigo Lula, mas, se fizer mesmo acordo de delação, terá de contar tudo o que sabe. Aí a casa cai.
Com o patriarca e o filho presos, os Bumlai temem a destruição da família e dos seus negócios, mais importantes que a amizade a Lula
O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas para o site Diário do Poder, indicando que Dilma tem a repulsa de 83,8% no Estado, fará o governador Pezão e o prefeito Paes repensar o apoio extremado a ela.
Já a pesquisa nacional pelo Ibope, divulgado nesta terça (15), mostrou que só 9% dos eleitores aprovam o governo Dilma, 70% a rejeitam e espantosos 59,6% dos brasileiros querem o impeachment dela.
Nem o PCdoB acredita em vitória na ação que pede a nulidade do impeachment de Dilma, no Supremo Tribunal Federal. Técnicos do STF recomendam a rejeição. A tendência seria manter até o voto secreto.
O Banco do Brasil dificulta a remessa de dados bancários de agências de publicidade ligadas ao PT. A instituição retificou as informações ao menos cinco vezes, sempre com dados incompletos e imprecisos.
O sub-relator da CPI do BNDES, deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO), descobriu que gastos com propaganda do banco chegaram a R$ 6,5 milhões em setembro. Baldy quer a prorrogação da CPI por 60 dias.
O presidente da GOL, Paulo Kalinoff, confirmou ontem ao governador Renan Filho, que a empresa inicia em março o trecho Maceió-Buenos Aires, primeiro voo internacional de empresa brasileira em Alagoas.
Bumlai obteve R$12 milhões do banco Schahin para a campanha de Lula. A Petrobras, subordinada a Lula, recebeu ordem para dar um contrato bilionário a Schahin como pagamento do empréstimo. E Lula não é investigado?!
Após assaltar um ônibus, em Brasília, o ladrão Gabriel André de Carvalho Pereira, 18, pulou pela janela e deixou para trás seu RG nº 3.316.381. “Assim, a investigação fica sem graça”, queixou-se o delegado Miguel Lucena, responsável pelo inquérito.
No final de sua mensagem de cumprimento de aniversário a Dilma, o deputado Fernando Francischini (SD-PR) desejou “feliz impeachment”.



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