- quarta-feira, 09 dezembro 2015 18:15
No pavilhão da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), quatro painéis trataram do tema com exemplos de diferentes países como El Salvador, Costa Rica, Japão, Peru e África do Sul. A ministra de El Salvador, Lina Pohl, por exemplo, comentou que o país está criando uma base de dados com projetos de AbE de toda a América Central com foco na análise da efetividade das ações implementadas.
Ela afirmou também que nos últimos sete anos o Produto Interno Bruto (PIB) do país está caindo em cerca de 4% ao ano, e os eventos climáticos extremos – como chuvas torrenciais e secas intermináveis – foram elencados como os principais responsáveis. Por isso, ações de AbE são estratégicas e extremamente necessárias a este pequeno e vulnerável país (e tantos outros), pois eles aumentam a resiliência das comunidades mais sensíveis.
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No Brasil, o tema também tem ganhado relevância. Neste ano foi produzido pela Fundação Grupo Boticário o estudo ‘Adaptação Baseada em Ecossistemas: oportunidades para políticas públicas em mudanças climáticas’, que contabilizou experiências de AbE em todo o mundo e identificou cerca de cem estudos de caso.
Um desses exemplos é o projeto de recuperação da mata ciliar do Rio Cachoeira no Município de Itabuna, litoral sul da Bahia. A recuperação dessa vegetação nativa é uma importante medida de controle frente a inundações, e tem papel fundamental no restabelecimento da provisão dos serviços ambientais, como produção de água, regulação do clima e fertilização do solo. Esses serviços reduzem a erosão e o assoreamento.
O painel de encerramento, composto por representantes de países latino-americanos, indicou os principais desafios para que estratégias de AbE ganhem escala. Dentre eles, está a necessidade de disseminação do conceito; a importância de se disseminar a ideia de que adaptação não é apenas um tema ambiental, mas relacionado a desenvolvimento e a obrigatoriedade de envolver as pessoas e comunidades vulneráveis desde o início.
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