Wagner Pires
Induzir a economia com gasto público via BNDES, principalmente, e não ter atacado os problemas básicos, como a baixa produtividade, a falta de infraestrutura e o elevado custo Brasil – esta estratégia nos trouxe até aqui e nos levará a uma situação muito pior, ainda. Os números negativos da nossa economia tomarão maior vulto em 2016 após os festejos populares.
Os especialistas estimam que a Petrobrás teve uma quebra de caixa de mais de R$ 60 bilhões por conta do represamento dos preços dos combustíveis. Agora vamos pagar com uma inflação muito mais alta, com preços dos combustíveis muito mais altos, obviamente, para tentar recuperar a situação financeira da empresa.
As empresas que tem suas dívidas em dólar, como é o caso da Petrobras vão enfrentar muita dificuldade para resgatarem suas dívidas. A coisa vai, realmente, feder! Haja elevação nos preços dos combustíveis para tentar equilibrar o caixa da Petrobras.
DILMA NÃO MUDA
Na verdade, tudo já está no cronograma de manutenção da “política” do desequilíbrio fiscal adotada propositadamente pela presidente Dilma Rousseff. Tudo isso já era mais do que previsível, e ainda no final do primeiro mandato o ministro Guido Mantega mandou um recado que a mídia não reverberou, como deveria ter propagado. Mantega disse que Dilma levaria a sua política até às últimas consequências.
Ora, Joaquim Levy foi mais um imbecil que não entendeu o recado até estar dentro do sistema e ver de perto o que todos nós já sabíamos de antemão pelo desabafo do ex-ministro Mantega.
O Brasil nunca experimentou uma irresponsabilidade fiscal deste porte e, portanto, um abismo econômico desta dimensão.
NÃO HOUVE AJUSTE
A falta de ajuste fiscal empurra enlaça a economia em recessão de três períodos, no mínimo. Não houve ajuste fiscal em 2015. Portanto, a recessão já está contratada até 2018.
Ocorre, porém, que os efeitos da crise estão se aprofundando não muito rapidamente. E isto porque o setor de serviços, que é o maior setor de nossa economia e o último a refletir a recessão, está deteriorando mais lentamente. Mas, vai ficar mais clara esta deterioração no decorrer do próximo ano que já está para se iniciar.
Fique claro que, sem ajuste fiscal em 2016, a recessão ou estagnação alcançará também 2019. A dupla Dilma e Mantega nos empurrou para uma cilada estagflacionária de dificílima solução. É uma desgraça em cima da outra, infelizmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário