Diário do Poder
Por meio dos
advogados, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) chama de “delirante e
fantasioso” o conteúdo da gravação em que ele insinua influência sobre
políticos e magistrados, e de “blefes e bazófias” o que afirmou na
conversa com Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor
Cerveró, que o levou à prisão no dia 25 passado. Ele também inocenta o
banqueiro André Esteves, solto neste sábado (19).
A referência a
Esteves, diz a defesa de Delcídio, “foi um blefe” para dar à família
Ceveró a ideia de que poderia obter “consolo” ou “vantagem”.
Delcídio também
procurou inocentar seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, afirmando que
ele sempre agiu sob sua ordem e confiança.
O criminalista Kakay
disse ter feito forte prova da inocência de Esteves e confia que a
Justiça nem sequer receberá a denúncia contra ele.
Delcídio lembra que
cópia do acordo de delação de Ceveró, apreendida com investigados, já
havia sido publicado em revistas semanais.
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Ataques ao vice
Michel Temer, pelo PMDB do Rio e senadores ligados ao Planalto, provocam
a reação de parlamentares do partido favoráveis ao impeachment de
Dilma. Parte segue a liderança de Eduardo Cunha (RJ) e ameaça recriar o
PMDB sem adesistas, na convenção de março, rompendo com o PT. Eles deram
várias provas de força, impondo ao governo derrotas como a eleição da
comissão do impeachment.
O clima do PMDB pró-impeachment é o de promover uma espécie de “guerra de guerrilha” contra os que aderiram ao governo.
“Do jeito que vai,
terá que recomeçar tudo do zero”, avisa o deputado Lúcio Vieira Lima
(PMDB-BA). “Terá que se recriar a política no Brasil.”
Do tipo conciliador, o
vice Michel Temer pede cautela aos insatisfeitos. Para ele, as brigas
internas prejudicam mais o PMDB que o governo.
Levantamento do
Paraná Pesquisas, entre os dias 10 e 14, mostra que 62,4% dos
paranaenses defendem o impeachment de Dilma e que 71,4% não acham isso
“golpe”. E 84,4% desaprovam o governo petista.
O levantamento do
Instituto Paraná Pesquisas aponta também que 82,7% dos 1.520
entrevistados querem o afastamento do deputado Eduardo Cunha da
presidência da Câmara.
Acusando o Ministério
Público de perseguição, Eduardo Cunha diz que Renan Calheiros responde a
seis inquéritos. Cunha, a três. “Sabe-se tudo sobre os meus inquéritos e
quase nada sobre os do Renan”, diz.
Ao contrário de
Rodrigo Janot, o salvador do mandato de Dilma, o Palácio do Planalto
defende a permanência de Eduardo Cunha na presidência da Câmara – a
melhor maneira de impedir o impeachment.
Agentes do governo
escalados para trabalhar nas Olimpíadas do Rio não vão contar com sinal
de Wi-Fi. Nem nas áreas onde haverá jogos, tampouco nas bases
operacionais. Inclui aí a equipe de segurança.
O advogado Antônio
Figueiredo Basto, que defende Delcídio Amaral, pediu ao STF a revogação
da prisão ou sua substituição por medidas cautelares, como afastamento
do exercício do mandato de senador.
O ministro Gilberto
Kassab assedia Jerônimo Goergen (PP-RS) para se filiar ao PSD. Ele
recusou o convite. Na janela de transferência, Kassab quer transformar
sua bancada na segunda maior da Câmara.
Fiel escudeiro de
Leonardo Picciani, o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR) reconhece a
dificuldade do garotão de ouvir a bancada: “Ele precisa respeitar a
vontade da maioria”.
...Dilma trocou
Joaquim Levy, economista respeitado, por um ciclista no Ministério da
Fazenda: Nelson Barbosa é especialista em “pedaladas”.
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