Diario do Poder.
Sem vagas
Publicado: 22 de dezembro de 2015 às 09:15
No site de busca Vagas.com, a procura tem sido crescente - Foto: Estadão
No
mês de novembro, havia 548 mil chefes desempregados nas seis principais
regiões metropolitanas do País, 56,9% mais do que em igual mês do ano
passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
O número de chefes de família que estão desempregados começou a
crescer já em janeiro deste ano. Antes, eram 357 mil nas seis
principais regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador). Com o aumento, a taxa de
desemprego entre os chefes atingiu 4,7% em novembro deste ano.
O resultado está abaixo da média (7,5%),
mas esconde uma das principais consequências desse movimento: outros
membros da família que antes não trabalhavam passam a procurar emprego,
sem que haja vagas disponíveis para acomodá-los. Por isso, a taxa de
desemprego sobe. Além disso, o poder de compra diminui, com repercussão
sobre setores como comércio e serviços, gerando um círculo vicioso.
"Isso vai fazer com que outras pessoas
tentem recompor essa renda perdida", avalia o economista Rafael
Bacciotti, da Tendências Consultoria Integrada. Segundo o IBGE, há 1,286
milhão de "outros membros" da família buscando emprego, 52,3% mais que
em novembro de 2014.
No site de busca Vagas.com, a procura
tem sido crescente. O cadastro de novos currículos atingiu 173 por hora
na média do acumulado do ano até setembro, 11,6% mais do que em igual
período de 2014. Até novembro, a alta acelerou para 17%. As
oportunidades, no entanto, encolheram 4% até o mês passado.
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