quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Nelson Barbosa começa mal, querendo mudar aposentadoria


Barbosa nem assumiu e já começa a levar pancada


Deu em O Tempo
Após o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) dizer a investidores que o governo deve enviar ao Congresso no início de 2016 uma proposta de reforma de Previdência, a Força Sindical já se posicionou contrária a uma regra que impõe limites de idade mínima para a aposentadoria.


Miguel Torres, presidente da central, defende que seja feito um “raio X completo” de todos os problemas e deficiências da Previdência antes de discutir qualquer mudança para adaptar os limites de idade para a aposentadoria à evolução demográfica da população brasileira.


O ministro Barbosa afirmou que o governo trabalha atualmente com duas propostas de reforma, durante uma conferência por telefone nesta segunda-feira (21) com investidores nacionais e estrangeiros.

Uma das ideais é tornar o fator 85/95 “móvel”, o que simularia uma movimentação na idade mínima para a aposentadoria. Ainda não há detalhes de como isso funcionaria.


AJUSTES PERIÓDICOS  
A outra alternativa, segundo o ministro, é determinar uma idade mínima e ajustá-la periodicamente, de acordo com as mudanças na demografia.


“Não houve reunião alguma, nem nos bastidores, nem oficialmente para discutir mudanças na Previdência. Nem com o Levy [ex-ministro Joaquim Levy], nem com o Barbosa [que assumiu a cadeira de Levy], nem com o Rossetto [Miguel Rossetto, ministro da Previdência Social e Trabalho]. É estranho dizer que há um projeto de reforma sem discutir com a sociedade e com as centrais”, afirmou Torres.


Segundo o sindicalista, na semana passada, quando as centrais e entidades empresariais entregaram documento pedindo a retomada do crescimento, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio “somente para aprovar a CPMF”.


“A presidente nem tocou no assunto da reforma. Pediu apoio abertamente para a CPMF. A resposta para isso também é ‘nem a pau, juvenal’. Não apoiamos”, disse Torres, em alusão a um slogan de uma propaganda recente de televisão.


“É consenso entre as centrais fazer um mapeamento completo dos gargalos, erros, deficiências da Previdência antes de adotar qualquer medida.” (da FolhaPress)

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