- 05/01/2016 20h06
- Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
De rápida reprodução, os barrigudinhos sobrevivem em locais com pouca oxigenação e se alimentam de matéria orgânica, evitando o desenvolvimento das larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde, Marcus Vinícius Ferreira, informou que, juntamente com uma série de ações e a ajuda da população, o peixinho contribuiu para a importante queda do índice de infestação e casos de dengue na capital fluminense.
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“O peixinho ajuda na eliminação da proliferação do mosquito. Como ele elimina muitas larvas, acaba com uma geração de mosquitos. O agente tem certeza do controle nos locais onde estão os peixes e podem fazer vistorias com maior qualidade e quantitativo em outros pontos.” Segundo o coordenador, em 2015 foram registrados cerca de 17,7 mil casos de dengue no município. Em 2012 foram 130 mil.
De acordo com Marcus Vinícius, alguns desses peixes têm menos de um centímetro e normalmente são confundidos com larvas. Eles são usados principalmente em depósitos, piscinas abandonadas, fontes, charcos e lagos. As inspeções nesses locais são feitas quinzenalmente. Caso haja necessidade dos peixinhos, a própria população pode procurar a prefeitura.
Ferreira informou que o peixinho não basta no combate à dengue. Acrescentou que a participação da população na eliminação do criadouro é fundamental. “É importante manter a caixa d'água fechada adequadamente, fazer a limpeza do ralo uma vez por semana."
Segundo ele, o percentual de imóveis pendentes (fechados ou com moradores que não permitem entrada de agentes de saúde) reduziu nos últimos anos graças à conscientização da população.
“O percentual era de cerca de 40% e atualmente está abaixo de 20%.” Pedidos de vistoria ou denúncia de focos do Aedes aegypti podem ser feitos à Central de Atendimento da Prefeitura (1746). A estimativa é que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas.
Em 2015, foram feitas cerca de 9,6 milhões de visitas de inspeção a imóveis em toda a cidade, eliminando mais de um milhão de depósitos e tratando outros 3,15 milhões. Também no ano passado, foram feitas mais de 1,1 notificações em imóveis fechados, com 87 publicações em Diário Oficial do Município para entrada compulsória.
Edição: Armando Cardoso
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