- Escrito por Martim Vicente
Metrópoles europeias pretendem banir carros dos centros das cidades e investir em ciclovias. Exemplos europeus não são os únicos, até mesmo São Paulo
parece querer seguir a tendência, mas a população ainda precisa se
conscientizar e colaborar mais.
Quando nuvens de fumaça irrespiráveis cobrem as cidades, como falamos nos casos de Paris e Teerã, que levou à hospitalização de centenas de pessoas, o único jeito é repensar nossa mobilidade urbana e no futuro, pode ser que só dê bike como transporte. Seria bem legal. Vamos ver o que nos leva para este caminho:
Quando nuvens de fumaça irrespiráveis cobrem as cidades, como falamos nos casos de Paris e Teerã, que levou à hospitalização de centenas de pessoas, o único jeito é repensar nossa mobilidade urbana e no futuro, pode ser que só dê bike como transporte. Seria bem legal. Vamos ver o que nos leva para este caminho:
O caso de Paris
Anne Hidalgo, prefeita de Paris, na França, deu um ultimato: até o ano de 2020 o centro da capital estará completamente sem carros.
Sua proposta é a de transformar os quatro distritos centrais de Paris,
em um grande espaço, no qual pedestres, ciclistas, ônibus e táxis terão
maior liberdade de circulação.
Somente poderão circular nas vias da
região os moradores e as entregas – dentro de um horário
pré-determinado. A restrição, primeiramente, será válida apenas aos fins
de semana, e irá se estender até vigorar em todos os dias.
Evidentemente, a iniciativa de Hidalgo visa promover uma minimização da poluição em Paris, que, não raro, tem chegado a patamares arriscados à saúde humana.
Os picos de poluição tem sido atingidos com frequência cada vez maior,
com ênfase em março de 2014, levando autoridades a tomar uma medida que
não vinha sendo adotada há duas décadas: rodízios por placa de carros.
Serão investidos ainda € 100 milhões –
cerca de R$ 400 milhões – de modo a duplicar a extensão de ciclovias até
o prazo de 2020. Bicicletas e carros elétricos também passarão a ser incentivados.
Bikes seguirão o modelo do Vélib
– referência no mundo, com 10 mil unidades espalhadas em 1800 estações
somente na capital francesa, além de mais 30 cidades na região
metropolitana. Além disso, haverá o Autolib: sistema de compartilhamento
de veículos elétricos, que teve início em 2011 e tem se expandido por
Paris.
O caso de Madri
A capital espanhola irá proibir a circulação de veículos particulares no centro urbano em janeiro de 2015, segundo decisão da câmara municipal. Os argumentos? Além de diminuir a poluição, a melhoria da circulação de pessoas e a segurança dos cidadãos.
A área definida para a decisão será de
352 hectares, no total. O prazo para diminuição do uso de carros no país
é de 2020. Os carros que forem flagrados desrespeitando a decisão –
haverá 22 câmeras de segurança, fazendo o acompanhamento do processo –
terá de pagar multa de € 90 – ou cerca de 300 reais. Há ainda uma
expansão do projeto BiciMad, que é um sistema público de aluguel de bicicletas que funcionam à energia elétrica.
O exemplo de São Paulo
Na capital do estado de São Paulo muitos esforços vêm sendo empreendidos pela prefeitura de Fernando Haddad, para melhorar a questão da mobilidade urbana.
Só em 2014, foram criados 205,19km de
ciclovias, além de 3,3km de ciclofaixas na região de Moema; 4,5km de
calçadas compartilhadas no centro da cidade e 67,5km de ciclorrotas.
A cidade, no total, conta com 280,49km de infraestrutura para transporte em bicicletas, em caráter definitivo.
A grande meta é a entrega de 400km de malha cicloviária até o final do ano de 2015.
Iniciativas como o Bike Sampa – com 201
estações – e Ciclo Sampa –com 15 estações –, disponibilizam mais de 1900
bicicletas aos paulistanos. Para conhecer toda essa complexa malha
cicloviária, clique aqui.
E então, na tua opinião, qual será o meio de transporte do futuro?
Fonte foto: freeimages.com
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