quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Stedile convoca MST a fechar estradas caso Lula seja preso




Incendiário quando, ao falar em defesa da democracia caso Lula seja preso convoca MST a fechar todas as estradas do Brasil, pois será um golpe há democracia — quando estão entre eles, os lulopetistas, aqueles que a detestam e desprezam –, disse aquela que é até agora a frase do ano: – Quero paz e democracia, mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas. 


O discurso de Lula, devidamente em sala fechada, com platéia inteiramente favorável, escolhida a dedo –, não foi apenas incendiário e irresponsável. Irresponsável ao citar como de alguém de quem se tem saudades, o carniceiro Saddam Hussein, falecido ditador do Iraque, durante cujo tempo “se vivia em paz”.



Incendiário quando, ao falar em defesa da democracia — quando estão entre eles, os lulopetistas, aqueles que a detestam e desprezam –, disse aquela que é até agora a frase do ano: – Quero paz e democracia, mas também sabemos brigar.



Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas. Stédile, como se sabe, é João Pedro Stédile, líder dos baderneiros do MST, que zombam da Constituição e das leis, mira-se na revolução cubana, pregam a violência, invadem propriedades e gostam tanto da democracia como os generais da Coreia do Norte. 



Lula, portanto – aquele mesmo Lula que se jactou de que iria ensinar a Fernando Henrique Cardoso como deveria se comportar um ex-presidente –, quer paz e democracia ameaçando colocar nas ruas um exército de baderneiros com apreço ZERO pela democracia. 



Mas o discurso foi também burro, de uma burrice pétrea, siderúrgica, de ferro. O discurso foi burro até a última vogal quando o Grande Embusteiro, batendo de novo na imprensa — desta vez pela forma como vem cobrindo a Operação Lava Jato –, referiu-se a uma suposta “criminalização da ascensão de uma classe social neste país” e sentenciou: – As pessoas subiram um degrau e isso incomoda a elite. 


Não incomoda, não, Grande Embusteiro! Pode incomodar meia dúzia de “mulheres ricas” em reality shows de TV, mas a elite — os industriais, o grande comércio, os banqueiros — ficou FELIZ com a “subida de um degrau” das “pessoas”. Por uma razão óbvia, gritante, escancarada, conhecida de todos: subindo um degrau, as pessoas passaram a consumir mais, a comprar mais, a desfrutar de mais lazer, a movimentar mais dinheiro, chegando até — graças a Deus — a poupar. 



Isso tudo sob os aplausos mais calorosos dos potentados da elite, que passam a ganhar mais dinheiro. A elite representada, digamos, por donos de grandes supermercados, ficou incomodada porque passou a vender muito mais? A elite personificada pelas grandes cadeias de roupas e calçada a preços acessíveis ficou “incomodada” porque seu movimento aumentou consideravelmente?

 A “elite” com as vestimentas dos fabricantes de carros populares ou da rede de revendedores de veículos usados ficou “incomodada” porque viu incorporada aos consumidores uma nova classe social? A elite travestida de indústria farmacêutica revelou-se incomodada porque milhões de pessoas mais passaram a ter acesso a medicamentos, sobretudo genéricos, como nunca antes? 


CLARO QUE NÃO! Essa elite só está furiosa e bufando agora, passado um mandato da presidente Dilma e iniciado o segundo, quando a incompetência, a roubalheira — veja-se o petrolão, vejam-se as obras superfaturadas –, a gastança descontrolada e o desgoverno levaram a inflação a recobrar fôlego, a economia parar de crescer e o fantasma do desemprego tornar a assombrar os brasileiros. 


A elite está incomodada por ter um governo pífio, incompetente, mequetrefe, onde só se salva a equipe econômica, que só Deus sabe quanto tempo se aguentará em pé — uma vez que, passados um ano de gestão Dilma, não se viu uma só vez a presidente dizer em alto e bom som que a política de austeridade iniciada pelo ministro da Fazenda dispõe de seu total apoio.

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