quinta-feira, fevereiro 11, 2016
Julio de Vido e a ex-presidente Cristina Kirchner: relações muito próximos. Foto: DP.
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O
Ministério Público argentino denunciou nesta quarta-feira, 10, um
ex-ministro suspeito de pagar propina para que uma empresa da Petrobras
Argentina fosse vendida em 2007 a uma companhia alinhada ao
kirchnerismo, em um desdobramento internacional da apuração da Operação
Lava Jato.
A
acusação contra Julio de Vido, titular da pasta de Planejamento no
governo de Cristina Kirchner(2007-2015), partiu de declarações do
delator e ex-diretor da multinacional brasileira Nestor Cerveró à
Procuradoria-Geral da República.
Antes de acertar sua delação premiada,
ele relatou ter recebido US$ 300 mil em suborno para que a empresa de
transmissão elétrica Transener, pertencente então à Petrobras Argentina,
fosse vendida à Electroingeniería, ligada ao governo de Cristina Ela
estava a ponto de ser negociada por US$ 54 milhões com um fundo
americano, segundo Cerveró.
Segundo o jornal Clarín e o portal Infobae,
a medida do promotor argentino Gerardo Pollicita atende à solicitação
da deputada Elisa Carrió, que acusou no dia 19 de janeiro o ex-ministro
por possível delito de corrupção no esquema investigado pela Lava Jato e
pediu uma investigação binacional.
A parlamentar, aliada do presidente Mauricio Macri e porta-voz de algumas das principais acusações de corrupção no governo de Cristina, envolveu também um ex-ministro de Carlos Menem (1989-1999), Roberto Dromi.
A parlamentar, aliada do presidente Mauricio Macri e porta-voz de algumas das principais acusações de corrupção no governo de Cristina, envolveu também um ex-ministro de Carlos Menem (1989-1999), Roberto Dromi.
Pollicita
solicitou ao juiz Sebastián Ramos que reúna provas, incluindo o pedido
de acesso às declarações de Cerveró e do lobista Fernando Baiano, que se
referiu a uma propina no mesmo valor. O promotor pede que a Justiça
formalize o indiciamento do ex-ministro, que hoje goza de imunidade
parlamentar como deputado federal. Em janeiro, De Vido negou as
acusações pelo Twitter. "O que fizemos foi cumprir as leis nacionais e
evitar a integração de um monopólio e o abuso de poder pela Petrobras",
escreveu.
Pollicita
ficou conhecido no ano passado por levar adiante a denúncia do promotor
Alberto Nisman contra ex-presidente Cristina, acusada de proteger
iranianos suspeitos de praticar o atentado contra a Associação Mutual
Israelita-Argentina (Amia) em 1994, que matou 85.
Nisman sustentava ter gravações que provavam um pacto comercial entre Argentina e Irã para evitar a condenação dos suspeitos. Ele foi encontrado com um tiro na cabeça quatro dias depois de fazer a denúncia e na véspera de detalhá-la no Congresso. Sua acusação foi arquivada em maio. Do site Diário do Poder
Nisman sustentava ter gravações que provavam um pacto comercial entre Argentina e Irã para evitar a condenação dos suspeitos. Ele foi encontrado com um tiro na cabeça quatro dias depois de fazer a denúncia e na véspera de detalhá-la no Congresso. Sua acusação foi arquivada em maio. Do site Diário do Poder
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