A vaquinha demonstra medo e desespero ao sentir que iria para o abate, mas ela mal podia imaginar o que seu futuro lhe guardava
Todos têm o direito de escolher seu alimento, desde que ele tenha origens legais.
Porém, é muito importante ter consciência a respeito de como os alimentos são produzidos, o impacto que eles causam sobre o meio ambiente e sobre nossa saúde.
A indústria agropecuária nos fornece carne embalada e cortada. Não precisamos enfrentar o processo de criar animais e abater para consumo próprio, realizado por nossos ancestrais e ainda presente em pequenas comunidades. Por esse motivo, muitas vezes é difícil imaginar que aquele hambúrguer um dia foi um ser vivo.
A vaquinha Emma é um desses seres vivos que se tornaria
hambúrguer, picanha, etc. A fazenda de gado leiteiro em que ela vivia
faliu, e as últimas 25 vacas do local foram destinadas ao abate. Ao ser
colocada em um trailer, seus olhos arregalados e cheios de lágrimas
revelavam pavor e desespero de um animal que sentia seu fim próximo. É
de partir o coração, mas não por muito tempo.
Infelizmente, as outras 24 vacas amigas de Emma foram mortas antes que os voluntários da ONG Kuhrettung Rhein-Berg
pudessem resgatá-las. Mas Emma teria um final diferente - ela mal podia
imaginar que a tão sonhada liberdade estava em seu destino.
Emma foi levada a um santuário da organização Kuhrettung Rhein-Berg,
na Alemanha, graças a um grupo de pessoas dedicadas à causa animal. A
ONG resgata vacas leiteiras e as aposenta em uma antiga fazenda, onde
elas podem viver naturalmente o resto de seus dias, sob melhores
condições de bem-estar, até morrerem bem velhinhas.
Ao chegar ao santuário, ela foi liberada em um pasto
espaçoso, repleto de grama verde e de outras vacas. Ela caminha receosa
na nova casa, até que outras vacas vão "cumprimentá-la". Elas se cheiram
com entusiasmo, como se todas elas fossem tranquilizá-la de que tudo ia
ficar bem.
Antes de sua chegada ao santuário, a vida de Emma não era
natural. As vacas são um negócio. Elas produzem carne, couro, leite e
produtos lácteos para o consumo humano. A brutalidade dos “modernos”
matadouros existe em todo o mundo. Um raciocínio simplório pode concluir
que: “Elas são alimentadas e bem cuidadas, vivem melhor que muitos
humanos”. Mas, infelizmente, não é bem assim - podemos causar grande
sofrimento aos animais explorando-os de outras formas, mesmo enquanto
garantindo sua sobrevivência e reprodução.
Os animais domesticados herdaram de seus ancestrais
selvagens muitas necessidades físicas, emocionais e sociais das quais
são completamente privados em fazendas. Eles vivem gaiolas minúsculas,
têm seus chifres e rabos mutilados, as mães são separadas de
descendentes, etc. Os animais sofrem muito, mas eles vivem e se
multiplicam.
Mas, em fazendas, as bezerras são separadas das mães, colocadas em uma pequena gaiola, vacinadas, recebem comida e água, e, quando tiverem idade suficiente, são inseminadas com esperma de touro.
https://youtu.be/bLeLQ2EUv_E
O santuário que acolheu Emma aceita doações por Paypal, saiba mais no site da organização.
https://youtu.be/kUZ1YLhIAg8
O vídeo que mostra Emma está com legendas em alemão, mas as imagens são universais e mesmo quem não entende a língua pode se sensibilizar com a história da vaquinha.
Confira no vídeo um pouco mais sobre o santuário que acolheu Emma e veja um pouco da vida das felizes vaquinhas livres (legendas em inglês).
Fontes: The Guardian e Sun Gazing
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