- terça-feira, 29 agosto 2017 18:15
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou licença ambiental para a petroleira francesa Total E&P para a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. A região abriga o ecossistema que ficou conhecido como “os corais da Amazônia”, que se estendem entre a costa do Amapá, passando pela costa do Maranhão até a Guiana Francesa.
Muitos são os motivos para a negativa da concessão da licença. Em parecer, a presidente do Ibama, Suely Araújo, listou dez pendências não cumpridas pela empresa francesa, entre elas, esclarecimentos sobre a modelagem de dispersão de óleo em caso de vazamento e um projeto de monitoramento adequado. O órgão federal acrescenta que a ausência dos elementos destacados na lista é impedimento para que a licença seja concedida.
No dia 14 deste mês, ativistas do Greenpeace fizeram uma manifestação em frente ao prédio do Ibama do Rio de Janeiro para pressionar o órgão a resistir à pressão de empresas que querem explorar petróleo próximo ao ecossistema da foz do Amazonas.
O Ibama é o órgão responsável pela concessão ou não de licença ambiental que autorizará as petrolíferas Total e BP a perfurar a região. Suely Araújo afirma que é terceira e última vez que o Ibama solicita informações complementares sobre o impacto ambiental: "Caso o empreendedor não atenda os pontos demandados pela equipe técnica mais uma vez, o processo de licenciamento será arquivado", afirmou a presidente do Ibama.
A descoberta de recifes de corais na foz do Amazonas, embora já conhecida por cientistas desde a década de 1970, foi registrada na edição de 18 de abril de 2016, da revista científica Science, por uma equipe de pesquisadores brasileiros e americanos. O recife de Corais da Amazônia é um corredor de biodiversidade entre a costa norte do Brasil e a Guiana Francesa.
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